PCGuia Magazine - Rubrica PLUG Edição 225 - Outubro 2014 | Page 2
CÓDIGO PROMOCIONAL (8%)
PARA AQUATUNING.PT
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QUEM SOU
n Sou o Luís Alves, nickname Shuper' Luu',
sou Engenheiro Mecânico pelo ISPV, tenho 22 anos
e sou de Santa Maria da Feira.
n No mundo do modding comecei em 2005, criei os moda’a’foca
(modaafoca.com/ e modaafoca.com/forum) em Setembro
de 2009 com o formato de equipa de modding que entrentanto
foi evoluindo com 25 projetos concluídos.
n Em termos competivivos, tenho cinco “medalhas” nos concursos de modding
da XL PARTY (dois 1º lugar, dois 2º lugar e um 3º lugar) e algumas feature
a nível internacional, em sites como o ThinkComputers e a ModdersINC.
Parte 2
COMO CONSTRUIR UM DESK PC?
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I/O shield em preto mate (spray)
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As peças de madeira
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O hardware utilizado
MATERIAIS
Para construir este Desk PC foram
necessárias, no total, duas tábuas de pinho
de 18 mm com 2 metros por 80 cm, que
foram cortadas para as várias medidas
necessárias (1260 por 200 mm para a frente
e traseira, 760 por 200 mm para as laterais,
61 por 610 mm para as elevações nas pernas
e 1220 por 180 mm para a zona de suporte
do ecrã e cobertura da zona falsa). O MDF,
referido na Parte 1 do artigo, foi adquirido
na medida 610 por 1220 mm com 16 mm
de espessura e dividido em duas secções de
410 mm. Foi, ainda, adquirido um platex
com 2,5 mm da mesma dimensão que
o MDF para construir dois chãos falsos.
Optou-se por comprar tábuas maiores, pois
isso permitiu descer o custo de cada uma
delas, e aproveitar o corte grátis da loja,
realizado numa máquina profissional que
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proporcionou um corte muito melhor do que
se conseguiria em casa com a serra circular.
Uma das últimas peças adicionadas foi um
perfil maciço quadrangular que foi utilizado
para segurar peças de madeira sem recurso a
parafusos.
O TAMPO
A zona de cobertura sofreu alterações no
avanço do projecto. A ideia inicial era utilizar
acrílico, apenas na zona visível do hardware,
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Peça central com corte para as pernas
colocando o mesmo à face da madeira.
Durante a construção, esse ponto foi
avaliado e o facto de isso criar uma frincha
onde se pode acumular lixo e pó ou entrarem
líquidos, no caso de algum derrame
acidental em cima do Desk, fez reconsiderar
essa opção e pensar em algo mais prático
e mais seguro. Os factores mecânicos e
económicos começaram, também, a ganhar
mais notoriedade, pois seria necessário
um acrílico com bastante espessura para
produzir o efeito de robustez pretendido,
alcançando, desta forma, a peça um valor
bastante mais elevado.
Após toda essa análise foi decidido que
o tampo passaria a um vidro com 6 mm
de espessura, com dimensões integrais
da cobertura da mesa e todos os cantos
boleados, evitando assim cortes
ou perfurações no caso de toques
nos cantos ou arestas.
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Corte frontal para janela, botões e HUB
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Placa-mãe e GPU avariada para medições
PROCESSO DE CONSTRUÇÃO
É muito importante saber por que peças
se deve começar a construção, quer por
motivos de acesso aos cortes como de
fixação das peças. Idealmente, deverá ser
feito um ensaio inicial, sem fixar as peças,
utilizando todos os materiais base que já
estavam criados. Verificando que todas as
tábuas estão com a medida correcta, é feita
uma inspecção e, neste caso, começa-se
com os três pedaços de MDF e as duas
elevações para as pernas. Estas três zonas
só estariam submetidas a furos, portanto
seriam zonas sempre alcançáveis pelas
ferramentas a utilizar.
A próxima fase passa por colocar uma das
tábuas laterais, pensar na posição ideal das
ventoinhas e efectuar os cortes, fixando
depois a peça ao elemento central que já
ficou pronto. Posteriormente, procede-se à
fixação das tábuas na seguinte ordem: frente,
Madeiras no trabalho final com betume
Primeira demão de tinta com rolo
cobertura da zona falsa, lateral esquerda,
traseira e finalizar com a tábua de suporte
do ecrã. Esta ordem permite realizar melhor
e com mais robustez os cortes complicados
do I/O shield, passa-painéis, bomba e rasgos
para os cabos. Uma das etapas finais de
construção foi colocar as peças de 20 mm
do perfil para criar altura para o chão falso.
P O R L U Í S A LV E S
Nesta segunda parte do nosso guia vamos começar o trabalho em madeiras (o nosso
material base escolhido) e acompanhar-vos nas várias etapas que ocorreram. Serão
abordados os cortes e furos, fixação das tábuas, outros tipos de ligações, tratamento das
superfícies, protecção da madeira e pintura. No próximo episódio começaremos a instalação.
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o que ajuda a uniformizar a zona de contacto.
Os parafusos são próprios para madeira
(avançam abrindo rosca com muito mais
facilidade) com comprimentos a variar entre
os 25 e os 55 mm. O outro elemento de fixação
foram os pregos, no caso do perfil maciço.
FERRAMENTAS UTILIZADAS
De forma a conseguir alisar as tábuas na zona
dos parafusos, estes foram colocados o mais
para dentro possível e foi utilizado um betume
de retoques (máximo de preenchimento
de 2 mm) em bisnaga e aplicado com uma
espátula. Após secagem rápida, o betume foi
lixado até estar o mais liso e concordante com
a tábua possível, ajudando também a garantir
o preenchimento da cabeça do parafuso.
Os cortes foram tratados com as limas até
ficarem perfeitamente lisos e depois toda
a estrutura lixada a 220 e depois 100
(grão da lixa). Para proteger a madeira esta
levou um tapa-poros e foi lixada novamente
antes da pintura final.
Ao todo as ferramentas utilizadas para
trabalhar o Desk foram tico-tico, furador
de coluna, berbequim, tupia, aparafusador
a bateria e martelos. Nos pequenos utensílios
foram utilizadas limas (quadrada, meia cana
e circular), lixas para madeira grão 100
e 220, lâminas para a tico