Pathos: revista brasileira de práticas públicas e psicopatologia | Page 30

8 iMagazine / April, 2013

PATHOS / V. 01, n.01, 2015 29

A ideia central foi trabalhar com base nos problemas que a escola apresentava, com toda carga subjetiva, promovendo e provocando reflexões, dialeticamente, sobre o que trazia e se queixava. Como mediadora, fui valorizando e contemplando tudo que emergia em nossos encontros, para transformarmos em soluções. Visava com esta estratégia um planejamento para a realização de uma ação educativa, em bases reais, ponto de partida para que o trabalho desenvolvido fosse factível e mais eficiente. A cada diálogo estabelecido esperava cada vez mais, maior apropriação do espaço ofertado para melhor alinhamento da proposta pedagógica oferecida, visando perspectiva de mudanças e transformações nas ações pedagógicas, do abrigo e da escola, com o objetivo de favorecer a aprendizagem dos adolescentes.

Desse modo, começamos finalmente a dialogar sobre os problemas pedagógicos, o não aprender, e suas possíveis razões. Os aspectos indisciplinares faziam parte desses diálogos, mas de forma mais tranquila, com vistas a encontrarmos soluções em parceria. Então, como pensar em uma intervenção na escola de maneira a fomentar não apenas a aprendizagem comprometida do adolescente, mas também educá-lo articulando ações abrigo-escola, como rede de apoio e proteção, conscientes de que quando estão envolvidas relações humanas, e buscamos a transformação do outro, temos que nos dar conta dos valores que vamos implicar à tarefa que nos propomos a desempenhar.

Levantada esta questão, pude finalmente apresentar de fato, e em bases reais, minha proposta pedagógica para esses adolescentes: contemplar ações nas quais pudéssemos promover e melhorar a aprendizagem escolar, a socialização e integração deles com os demais alunos da escola, bem como com a comunidade local, acreditando na possibilidade de iniciarmos a quebra do estigma