A pesquisa qualitativa se preocupa com aquilo que não pode ser somente quantificado. Ela foca o universo dos significados, motivações, desejos, valores e ações, tudo relacionado ao campo das relações, dos fenômenos impossíveis de serem tratados ou enquadrados somente como simples variáveis (Minayo, 1996).
Quero deixar expresso meu empenho em discutir esses temas, e não em propor de antemão o que vou encontrar depois num modelo de ciência tautológica, em que se busca na prática o que já está escrito na teoria, e volta a se fazer isso num círculo vicioso, que a meu ver não traz contribuições. Penso numa aproximação crítica, numa reflexão a partir de ideias fecundas (...) (Tardivo, 2007, p. 25).
Foi utilizado também bases do Método Dialético. De acordo com Gil (2008) tal método empregado em pesquisa qualitativa foi desenvolvido por Hegel e revisado por Marx. Consiste em entender os fatos a partir de um contexto atual, social, político e econômico. Tal universo se apresentaria a partir de suas contradições e manifestações. Lakatos e Marconi (2007) apontam que dentro do método dialético o olhar para o fenômeno deve ser dinâmico, ou seja, o mundo está sempre em processo de transformação, nada é fixo ou estático. Defendem também que o processo não é isolado e que há sempre alguma conexão entre os fatos, ao que “o fim de um processo é sempre o começo de outro” (p. 101).
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PATHOS / V.. Especial , Set. 2020 64