Pathos: revista brasileira de práticas públicas e psicopatologia Volume Especial COVID-19 | Page 25

Podemos observar na Tabela 1 que o número mais expressivo de respostas se concentra na categoria C (50 respostas) e D (52 respostas), categorias essas que abordam mais o campo da fantasia, diferente das categorias A (28 respostas) e B (24 respostas) que trazem em seus conteúdos questões mais concretas, voltadas mais aos aspectos da realidade. Inicialmente, poderíamos levantar a hipótese que as crianças participantes, em sua maioria, estão utilizando recursos do campo da fantasia para o enfrentamento do COVID-19, indo ao encontro do que Winnicott (1982) apontou como recursos saudáveis no enfrentamento de conflitos internos e externos.

Com relação a questão do sexo da amostra pesquisada, os números apontam similaridade quantitativa entre masculino e feminino, ao que 55% são meninos e 45% são meninas, abrangendo um de nossos objetivos que era o de alcançar uma amostra que abarcasse ambos os sexos de forma representativa, homogênea e equilibrada.

Conseguimos observar também a divisão por faixas etárias e sexo. Como a faixa cronológica da amostra envolvida no presente estudo foi relativamente larga, dos 04 aos 11 anos, nossa preocupação foi o de não concentrar o número de participantes em apenas algumas idades, visando uma maior expressividade nos diferentes momentos do desenvolvimento infantil.

Podemos observar que não houve discrepância evidente e representativa acerca da participação das meninas e meninos em relação as categorias de resposta, pelo contrário, em quase todas as faixas etárias, a distribuição entre sexo feminino e masculino foi bem homogênea, o que nos permite maior alcance em estudos futuros comparativos entre os sexos e seus recursos de enfrentamento em situações de crise.

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PATHOS / V.. Especial , Set. 2020 24