Indivíduos resilientes podem dar um novo significado ao problema, mas não podem eliminá-lo; são capazes de superar as adversidades quando se lhe agregam o suporte social efetivo das relações micro e macrossociais, mas resiliência é um fenômeno que pode ser construído, treinado, melhorado. Seu conceito, portanto, ultrapassou a visão do fenômeno restrito ao nível individual e de suas relações, avançando para incluir o claro papel dos grupos de apoio em sua promoção. (Martins, et al., 2012, p. 142).
O fato de me perceber no mundo, com o mundo e com os outros me põe numa posição em face do mundo que não é de quem nada tem a ver com ele. Afinal, minha presença no mundo não é de quem a ele se adapta, mas a de quem nele se insere. É a posição de quem luta para não ser apenas objeto, mas sujeito também da história (Freire, 2014, p. 53).
Quando as velhas histórias de filiação (comunitária) já não soam verdadeiras ao grupo, cresce a demanda por histórias de identidade, em que dizemos a nós mesmos de onde viemos, quem somos e para onde vamos; tais histórias são urgentemente necessárias para restaurar a segurança, construir a confiança e tornar possível a interação significativa com os outros. A medida em que as velhas certezas são varridas para longe, as pessoas procuram novas filiações (BAUMAN, 2001, p. 90).
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PATHOS / V.. Especial , Set. 2020 16