Nossos sinceros agradecimentos a todas as crianças
e seus responsáveis, os quais se dispuseram,
gentilmente, a participar da pesquisa.
Nossos sentimentos se dedicam também
à todas as vítimas do COVI-19,
seus respectivos familiares e a todos os
profissionais de saúde.
INTRODUÇÃO
O presente trabalho é fruto de um estudo desenvolvido por alguns editores da Pathos: Revista Brasileira de Práticas Públicas e Psicopatologia, no ano pandêmico de 2020.
Abordamos nessa pesquisa o impacto da pandemia do coronavírus no universo emocional de crianças brasileiras mediante a realidade de isolamento e confinamento atualmente vividos. A justificativa de tal estudo se deu pela preocupação com a saúde mental das crianças em meio a significativas mudanças no cotidiano, como alterações em hábitos diários, rotinas domésticas diferenciadas, ausência de contato social intra e extrafamiliar, interrupção do contexto escolar, adaptação das rotinas de estudo e aprendizagem, perda de pessoas próximas, excesso e atravessamento de notícias monotemáticas nas mídias, entre outras características relevantes.
Podemos observar, por vezes, certa dificuldade do ser humano na adaptação frente à algumas mudanças em seu cotidiano de vida, principalmente alterações de grande impacto subjetivo e social, especificamente no universo infantil. Contudo, já é sabido, que as crianças, em sua maioria, possuem a capacidade constante de renovação e, em certos casos, graus de resiliência significativos mediante situações potencialmente conflitantes. Isso não significa eliminar por completo as angústias, mas sim saber lidar com elas. Dessa forma, em momentos de pandemia, a resiliência encontrada no universo infantil pode ser potencializada, ampliada e protegida pelo meio social ao qual está inserida: