Pathos: revista brasileira de práticas públicas e psicopatologia Volume Especial COVID-19 | Page 70

Isso nos leva a pensar que para metade da amostra talvez a não interferência no sono pode significar aspectos de resiliência frente ao momento de pandemia. Outra hipótese poderia ser a necessidade de manter o sono com qualidade e garantir certo desligamento saudável e defensivo da realidade vivida, se protegendo e preservando aspectos vitais para a saúde física e emocional.

Quando perguntado se foi observado mudanças no padrão de alimentação, das 174 respostas apenas 60 referiram não notar piora na qualidade das refeições, enquanto 114 sujeitos referiram importantes mudanças na qualidade alimentar, relacionado a ingestão de doces, carboidratos e gorduras. Vejamos melhor essa diferenciação no gráfico abaixo:

Quando perguntados sobre acreditarem que poderia existir algo de bom nesse momento, apenas 11% responderam que não, contra 89% que relataram acreditar que algo positivo possa estar surgindo, apesar da pandemia e do isolamento social. Entre os que responderam afirmativamente, ter mais tempo para estar com as pessoas que realmente importam foi o motivo mais citado, seguido por estar mais em contato consigo mesmo, e ter mais tempo para o autoconhecimento, reflexões pessoais e para rever prioridades em sua vida.

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PATHOS / V. Especial , Set. 2020 69