Pathos: revista brasileira de práticas públicas e psicopatologia Volume 12 | Page 72

Por fim, gostaríamos de pôr em evidência o expediente utilizado de relatos de casos clínicos. A autora lança mão de vinhetas e relatos que contribuem para a transmissão clínica de suas articulações teóricas. Além de suas próprias experiências, são utilizadas, também, narrativas de supervisão. A introdução dessas narrativas enriquece em muito o texto, pois transmite algo daquilo que foi colocado como um pilar da formação: a supervisão. A transmissão de fragmentos da elaboração do grupo de supervisão não é sem efeitos no leitor. Entendemos que o uso deste expediente constitui uma posição ética e tal posição é bem-vinda em um tempo em que os relatos de casos se tornam cada vez mais raros nas publicações psicanalíticas.

REFERÊNCIAS

Equipe de AT do Hospital-dia “A Casa” (org.). (1991). A rua como espaço clínico: Acompanhamento terapêutico. São Paulo: Escuta.

Metzger, C. (2017). Clínica do acompanhamento terapêutico e psicanálise. São Paulo: Aller.

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PATHOS / V. 12, n.02, 2020 71