Pathos: revista brasileira de práticas públicas e psicopatologia Volume 07 | Page 88

Portanto, se a concepção da Agenda 2030 é firmar-se como um documento inclusivo, deve rever as lacunas de seu texto e, as Nações Unidas por vez, destacar o compromisso com a humanidades. Caso contrário, viveremos uma era em que a invisibilidade do segmento LGBT se tornará um “armário” global.

 

CONCLUSÃO

 É preciso que as agências internacionais e a ONU em especial possam incorporar as demandas da população LGBT em suas pautas globais.  O segmento é o mais impactado nas violações de direitos constituindo-se como grupo de alta vulnerabilidade. 

        Implementar uma pauta global como a Agenda 2030 sem inferências sobre a população LGBT é aumentar o hiato de gênero e a invisibilidade da população nos problemas mundiais.

  É preciso que defensores LGBT se apropriem das produções internacionais e possam também articular-se de maneira global como forma de criar unicidade e pressão mundial sobre as instituições. 

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PATHOS / V. 07 n.01, 2021 87

NOTAS

1 - Nomenclatura usada na ONU. No Brasil a adoção tem sido LGBTTQIA+( lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais, queer, intersexual, assexual e outros). Optamos em manter conforme a ONU nesse texto por se tratar de um estudo documental, apesar de reconhecer a importância em  utilizar as siglas que mais pudessem representar segmentos identitários de forma que o mal estar causado sobre o “sinta reconhecido nesse termo” seja o menor possível.

 2 - Título original em inglês Sustainable Development Agenda 2030 thrives on health.

 3 - Gender, health and the 2030 agenda for sustainable development 3 - Pessoa que não se identifica com nenhum dos gêneros binários.

 4 - Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais em português

5 - PARA TODOS Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e Pessoas LGBT.