Diante da análise dos dados referente a questão-caso 2, verificou-se novamente a ideia de “Cuidado/Prevenção” (Categoria A), que aparece com maior prevalência entre as respostas obtidas (N=12; 33%). Ou seja, as testagens regulares feitas pelo personagem Jorge são vistas como uma forma de prevenção e cuidado com a saúde dele. Segundo Zucchi et al. (2018), indivíduos que procuram esse método de prevenção são pessoas que fundamentalmente buscam minimizar os riscos sem que necessariamente haja uma mudança significativa no modo que experienciam o desejo e o prazer sexual, ao contrário do que se possa acreditar. Esse fato se concilia com os objetivos de um método de prevenção que busca minimizar riscos devidos às práticas, mas sem uma mudança drástica das mesmas, considerando os desejos individuais movedores de tais práticas como algo saudável e pertencente ao ser humano.
“Devido às outras ISTs” (Categoria F) (N=7, 19,4%), que representa o caráter de risco factual presente em usuários da PrEP diante de outras infecções sexualmente transmissíveis, devido ao fato de que o tratamento medicamentoso da PrEP, previne somente a infecção pelo vírus HIV. Segundo Zucchi et.al (2018) afirmam, não houve aumento no número de ISTs após o início do tratamento com a PrEP nas amostras avaliadas pelos estudos observados, mas tende a ser mais elevada do que em não populações que não fazem uso da PrEP. Contudo uma questão que fica como reflexão e problemática metodológica é se o número maior de ISTs nos indivíduos usuários da PrEP se deu pelo fato dos pacientes serem mais frequentemente testados e por consequência, os dados antes subnotificados terem agora maior visibilidade.
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PATHOS / V. 07, n.01, 2021 33