Pathos: revista brasileira de práticas públicas e psicopatologia Volume 07 | Page 110

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PATHOS / V. 07, n.01, 2021 109

ENTREVISTA COM SILVETTY MONTILLA

 

SILVETTY MONTILLA’S INTERVIEW

 

ENTREVISTA A SILVETTY MONTILLA

                                                                                

Silvetty Montilla, gentilmente aceitou conceder a presente entrevista para esse volume temático da Revista Pathos, que versa sobre o universo LGBTQIA+. Vale ressaltar que em função do momento pandêmico do COVI-19, os protocolos de segurança foram respeitados, como testagens de PCR e distanciamento de 1,5 metro.

Nossa escolha por Silvetty Montilla para compor a capa desse volume temático, bem como por ter sido a escolhida para ser a pessoa entrevistada, ocorreu em função de sua importante representatividade LGBTQIA+. Seu jeito descontraído, simples, debochado, engraçado e por vezes provocativo, é um dado relevante em sua trajetória de vida, marcada por conquistas e importantíssimos encontros humanos. Silvetty ou Silvio, se identifica como Ele ou Ela, ofertando para a equipe da Pathos liberdade em transitar na designação de gênero a seu respeito.

A atualidade da figura de Silvetty, sua disponibilidade enquanto pessoa e artista, sua simplicidade, generosidade e espírito democrático, permite encantar e envolver diversos públicos, de diferentes faixas etárias, classes socioeconômicas, regionalidades, orientações sexuais e gênero. Talvez, alguns questionariam, após tantos novos nomes na cena LGBTQIA+, por que Silvetty?

A resposta poderia ser simples, mas infelizmente não é. Com a chegada e a popularização da internet, os fenômenos e o acesso a informação tendem a ocorrer de forma rápida, o que por um lado positivo traria um alcance mais amplo e acessível á população acerca dos fatos. Por outro lado, a rapidez e a velocidade do consumo de tais informações popularizadas pela internet, poderiam tornar o fenômeno vivido como algo superficial, raso e mais desenraizado em relação ao reconhecimento da importância da história. O que queremos enfatizar é que se por um lado os novos fenômenos da internet conquistam os espaços, ofertam vozes, por outro lado tal fenômeno corre o risco de também coisificar e descartar tanto os novos talentos como os precursores.