Tais políticas geraram ainda mais desgaste e os movimentos reacionários de direita capitanearam o descontentamento das massas e lhes apresentaram seus caminhos sustentados por toda uma agenda conservadora.
· Analisar o texto da Agenda 2030 e a inclusão de pessoas LGBT e;
· Discutir como a invisibilidade do segmento LGBT na Agenda 2030 gera mais agravantes, desigualdades e vulnerabilidades.
A ausência do grupo LGBT no texto também pode ter relação com a distribuição desigual do poder e sua frágil representatividade em patamares altos de instituições.
A Agenda 2030 que nasce nesse cenário político, pode por um lado representar uma contra-resistência ao agravamento das desigualdades sociais, mas tem-se também a percepção de que não mencionar a população LGBT é uma estratégia política para angariar apoio entre os Estados-membros, sobretudo aqueles que por décadas insistem em criar barreiras jurídicas, econômicas e sociais ao estatuto de pessoa humana do segmento LGBT.
Trilhões de dólares estão sendo gastos para materializar a Agenda 2030, para aliviar os problemas mais urgentes do mundo, como pobreza, desigualdade, acesso ao emprego, educação, saúde e habitação. Essas questões afetam de forma desproporcional a comunidade LGBT. Sem a inclusão e participação significativas das pessoas LGBT nesse plano, a Agenda 2030 nunca será alcançada (Instituto RFSL, 2019a, p. 1).
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PATHOS / V. 07 n.01, 2021 79