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Foi por seguir esse raciocínio que percebi ser possível criar uma iniciativa e, consequentemente uma empresa que conectasse as minorias (me refiro, com a palavra minoria, à visibilidade e direitos e não necessariamente à quantidade de pessoas) à comunidade em geral e, ao invés de gerar mais estigmas e segregação, trouxemos a possibilidade de inclusão.
Além das iniciativas voltadas ao atendimento psicoterapêutico, estamos desenvolvendo projetos de informações e orientações para profissionais de psicologia. A principal estratégia feita para fornecer conteúdo e ao mesmo tempo falar de empatia e acolhimento, é o Encontro de Sensibilização, evento realizado a cada dois meses para profissionais que fecharem parceria com a Rainbow naquele período.
Utilizamos o termo “sensibilização” por não se tratar de um encontro com caráter teórico, pois, como mencionei anteriormente, o atendimento à comunidade LGBTQIA+ não se difere de nenhum outro, ao falarmos de pessoas. As diferenças encontradas são relacionadas à aspectos clínicos e principalmente sociais, como queixas mais comuns e a forma como o preconceito e discriminação afetam essa população. Esse encontro tem por objetivo a reflexão sobre especificidades da clínica LGBTQIA+ ao que se relaciona com questões subjetivas consequentes de influências da sociedade e formas de enfrentamento a isso. Também abordamos assuntos relacionados à história da militância LGBTQIA+ no Brasil e no mundo, onde começou e qual a importância desse movimento existir.
Por fim, o que posso dizer sobre a Rainbow é que tudo é feito de maneira a olhar pessoas de maneira humanizada, tanto pacientes quanto profissionais parceiros. Todas as iniciativas que realizamos são baseadas nas relações humanas como via de mão-dupla, levamos em consideração a importância do cuidado de forma neutra e nosso objetivo é manter essa neutralidade e ao mesmo tempo acolher e cuidar cada pessoa de maneira única.
PATHOS / V. 07, n.01, 2021 137