Pathos: revista brasileira de práticas públicas e psicopatologia 9º Volume | Page 28

Depois de o projeto ter sido deliberado em assemblei geral, elaborávamos o plano de negócio que apontou a necessidade de um estudo ou pesquisa chamado de etnobotânica, que é estudo da botânica associado ao conhecimento tradicional Baniwa, desenvolvido e coordenado pelo Instituto Socioambiental sediado em São Paulo. O trabalho de pesquisa foi uma parceria entre Associação Indígena da Bacia do Içana, OIBI e diversas escolas Baniwa e Koripako, principalmente a Escola Indígena Baniwa e Koripako – EIBC Pamáali, no período de 2005 a 2012.

Em 2010 melhoramos o plano de negócio. Depois dos resultados das pesquisas começamos a construção experimental da Casa da Pimenta Baniwa. Inauguramos a primeira em janeiro de 2013 em parceria com Instituto Socioambiental e Instituto ATÁ, ambos de São Paulo. Viemos divulgando a experiência de produtos e sua comercialização. Hoje contamos com cinco Casas da Pimenta Baniwa que processa seguindo orientações da ANVISA. Temos mais de 70 espécies diferentes que são comercializadas com marcas e selo Origens Brasil em parceria com IMAFLORA.

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No ano de 2006, o plano de negócio foi classificado como um dos 10 melhores no âmbito de iniciativas de negócios sociais pelos programas da Associação de Empreendedores Sociais Ashoka, do Centro de Competências de Empreendedores, da Fundação Getúlio Vargas e Maksey. No mesmo ano o projeto ganhou o prêmio Chico Mendes, do Ministério do Meio Ambiente na categoria negócio sustentável.

PATHOS / V. 09, n.02, 2019 27

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