Pathos: revista brasileira de práticas públicas e psicopatologia 9º Volume | Page 25

As comunidades contribuíam com os agentes de saúde indígenas para criarem suas hortas medicinais. Foram treinados mais de 50 agentes de saúde. Reavivamos o conhecimento tradicional de medicina tradicional, catalogamos mais 2000 plantas cultivadas e tantas outras oriundas da floresta com base nos conhecimentos milenares dos mais idosos. O povo Baniwa passou ter representantes dentro do Conselho Municipal de Saúde do Município de São Gabriel da Cachoeira, chegando a presidir o conselho; produziu-se várias pesquisas de mestrados e um doutorado sobre nosso povo; criamos um manual de doenças tradicionais aos agentes de saúde, às comunidades e escolas Baniwa e Koripako; realizamos vários encontros que mobilizaram cerca de 90 comunidades e sítios, contabilizando mais de seis mil pessoas na bacia do Içana1.

Este projeto ganhou prêmio nacional do programa “gestão pública e cidadania” em São Paulo da Fundação Getúlio Vargas, Escola de Administração da Empresa de São Paulo e Banco Nacional de Desenvolvimento e Social em 1998.

Geração de renda

Arte Baniwa: Produção e comercialização de cestarias de arumã2

São dois projetos de alternativas econômicas e de geração de renda ao povo Baniwa. Arte Baniwa visava produção e comercialização de cestaria de arumã. Depois de muitas tentativas, buscou-se viabilidade em parceria com Instituto Socioambiental, como o qual experimentamos vários testes de mercados para chegarmos ao modelo que levou a uma experiência bem-sucedida junto a loja Tok & Stok, localizada na cidade de São Paulo.

PATHOS / V. 09, n.02, 2019 24

Σ