Pathos: revista brasileira de práticas públicas e psicopatologia 9º Volume | Page 17

Prospectos acerca de nossas ações

O Projeto Darueira, é uma realidade consolidada. Há cinco anos realizamos atividades nos ambientes comunitários, culturais e de educação por meio de convites, e de contrapartida arrecadamos as doações para as famílias cadastradas atendidas pelo projeto. Objetivamos avançar em algumas questões, como a inserção do projeto em editais de financiamento ao desenvolvimento social e de cultura, de forma a ter subsídios próprios para o desenvolvimento das atividades que poderiam custear transporte e alimentação da equipe, por exemplo. Isso se apresenta de vital importância pois nem sempre conseguimos esse auxílio financeiro dos locais que solicitam nossa presença. Em síntese, com essa verba permanente poderíamos ampliar os trabalhos e parcerias.

No que se refere ao Coletivo TUPI, percebemos maior desenvoltura dos trabalhos no ano de 2017, período em que realizamos na cidade de Apucarana, no campus da Universidade Estadual do Paraná, o l Seminário TUPI. Esse evento germina como resposta às indagações e perplexidade produzidas por nossa atuação. Destaca-se a presença de famílias indígenas inteiras em situação de extremas dificuldades sociais e econômicas vivendo em espaços urbanos distantes de suas respectivas terras indígenas. Nesse ponto, o Coletivo TUPI se apresentou a essas famílias como um mediador na busca de recursos para sobrevivência. Tomando os últimos dez anos como ponto de referência, observamos que por maior que tenhamos empreendidos esforços para desenvolver ações em favor dessas famílias, a situação de modo geral permanece a mesma; diversas famílias indígenas continuam nos perímetros urbanos vivendo em situação de risco e vulnerabilidade social, descaracterizadas e distantes de seus costumes e culturas.

Para a realização do I Seminário TUPI, foi criado um site para divulgação de todas nossas ações (https://coletivotupi.wixsite.com/coletivotupi/sobre-nos). Foi também formada uma equipe organizadora do evento, com reuniões realizadas ao longo de seis meses, e no diálogo com vários setores da sociedade, dentre eles, lideranças indígenas, gestores públicos locais, escritório regional da Fundação Nacional do Índio (FUNAI), setores da segurança pública, assistência social, saúde, universidades da região norte do Paraná, empresários locais, organizações religiosas, etc. Toda a saga desse primeiro seminário está arquivada nos anais da história em textos, áudio, vídeos, redes-sociais, e e-mails.

PATHOS / V. 09, n.02, 2019 16

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