Pathos: revista brasileira de práticas públicas e psicopatologia 8º Volume | Page 58

PATHOS / V. 08, n.01, 2019 57

Σ

Saúde

Encontro

Equidade

Disponibilidade

Proteção

Cultura de paz

Luta

coletivo

Justiça

Empatia

NOTAS

1 - A rigor, tratar questões relativas a inclusão de pessoas com deficiência traz para o centro do debate uma necessidade de dialogar acerca de todo o Sistema Educacional. Dada essa referência, o percurso escolhido foi o aprofundamento acerca do acesso e permanência das pessoas com deficiência à educação, de modo a compreender como os meios de produção da nossa sociedade, profundamente elitista, conservador, e excludente, “inclui” as minorias sociais. Diante disso, a problematização de questões em relação à formação dos professores que tinham alunos com deficiência em suas salas de aula foi uma alternativa construída como roteiro de análise crítica e que permitiu a extensão das reflexões para pensar a educação em seu contexto mais geral. Nesse cenário, a primeira questão que foi levantada era saber por que a inclusão parece “não dar certo”? São professores mal formados? Possuem carência na formação profissional que os habilitem a trabalhar com pessoas com deficiência? Contudo, por outro lado, também havia a recorrência da seguinte questão: há alguma prática, desses mesmos professores, que fugia aos “manuais” ou métodos de educação inclusiva, mas que conseguiam de alguma forma incluir? (Neves, 2018).

2 -Conforme a Lei 12.764, de 27 de Dezembro de 2012, o sujeito autista é considerada uma pessoa com deficiência (Brasil, 2012).

3 - Esse conceito proposto por Santos (2008) trata da construção de alternativas teóricas fomentadas sem o controle ou a tutela das grandes potências mundiais (países centrais).

4 - “práticas que abrem caminhos e condicionam radicalmente os "outros" de pensamento, re-surgimento, reviravolta e edificação, práticas pedagogicamente compreendidas - práticas como pedagogias - que, ao mesmo tempo, questionam e desafiam a única razão da modernidade ocidental e poder colonial ainda presente, desengatando-se dele”.

5 - Epistemologia pós-abissal consiste na elaboração de novas formas do saber que se contrapõe às dicotomias impostas pela lógica colonial, ou seja, “que a apropriação e a construção do discurso intelectual no mundo seja igual, quebrando o paradigma da produção e apropriação do conhecimento, a partir do ocidente hegemônico”(Amorim, 2016. p. 45).