Pathos: revista brasileira de práticas públicas e psicopatologia 8º Volume | Page 57

Considerações finais

As discussões desse texto, em concomitância com os diálogos realizados com a literatura delineada nesse estudo, refletiram acerca das questões atinentes à educação pensando na formação de maneira mais ampla, uma vez que algumas práticas educacionais podem ser vinculadas aos conhecimentos da própria população e não somente ao que é aprendido nos bancos universitários como demanda para atender o capital.

Acredita-se que os objetivos (re)velados da educação nas Universidades são aqueles que porventura auxiliam mais a adequação em conformidade com a colônia por meio do conhecimento científico do que se preocupa verdadeiramente com a emancipação dos sujeitos por meio dos saberes. Uma possibilidade de autoria do conhecimento seria pensar a Universidade por meio do diálogo dos saberes na perspectiva decolonial.

A decolonialidade, portanto, apresenta-se como um importante modelo a ser seguido no sentido de reafirmar a ideia de uma sociedade emancipatória, em que as ditas minorias, que na verdade compõe uma parcela significativa da população brasileira, mas apresentam-se no campo das minorias por estarem à margem de um Estado de direitos, possam gozar de outros espaços que não aqueles oportunizados pela lógica colonial. É imperativo que possamos, de modo definitivo, quebrar os grilhões que ainda mantém considerável número de brasileiros na condição de subalternos à lógica dominadora. Nesse cenário, a Universidade se apresenta como lugar de potência para essa transformação.

PATHOS / V. 08, n.01, 2019 56

Σ

Enfrentamento

Esperança

resistência

Amor

Felicidade

Acesso

Educação

Diversidade

Liberdade