Pathos: revista brasileira de práticas públicas e psicopatologia 8º Volume | Page 42

O Escola Sem Partido se configura na retirada da obrigação do Estado em oferecer educação crítica e de qualidade, além de impedir que realize a função de proteção e cuidado das crianças, sobretudo das mais desprovidas de recursos (familiares, financeiros e culturais), deixando-as à própria sorte. É um retrocesso dos avanços conseguidos a partir das políticas de afirmação. O projeto é apresentado como apartidário e sem ideologias, mas representa, claramente, o autoritarismo, o machismo, a homofobia e tudo o que é avesso aos direitos humanos. A onda conservadora que emergiu no país pretende tomar as escolas para consolidar seu projeto de poder.

Afeita ao ofício de professor, encerro dizendo que continuarei a pensar, sentir, ser e estar e, mais do que nunca, lutar. E lutarei com meus colegas, como sempre fizemos. E não estamos sozinhos, temos a força de outras categorias profissionais, dos alunos, dos seus familiares, da comunidade... E desta vez a luta será ainda maior porque querem acabar com o pensar e com o sentir. Querem acabar com a nossa profissão. Mas não arredaremos o pé. Não iremos esmorecer! Continuaremos a denunciar e resistir!

PATHOS / V. 08, n.01, 2019 41

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