Pathos: revista brasileira de práticas públicas e psicopatologia 7º Volume | Page 66

A criatividade também foi componente constante no brincar de Gabriel. A criança criou situações com riqueza de enredo, sustentou-as e criou diversas conexões criativas, como ao mostrar-se capaz de descrever cenas ricas em elementos, incluindo-os como integrantes dessas situações, ou seja, Gabriel conta com a presença simbólica do outro/Outro mesmo quando ausente fisicamente.

Considerações finais

A pesquisa confirmou nossa hipótese inicial: a de que o brincar é extremamente colaborativo à formação psíquica da criança. Pudemos verificar que o brincar, tanto solitário quanto acompanhado de outra pessoa, possibilita a representação, simbolização, identificação, e outros fatores que contribuem diretamente ao enlaçamento com o outro.

Nota

1 - Relevante destacar que o nome da criança foi alterado, bem como outros dados que pudessem identificá-la.

Σ

PATHOS / V. 07, n.04, 2018 65