Pathos: revista brasileira de práticas públicas e psicopatologia 7º Volume | Page 47

c) Possibilidades de utilização: a criança pode desenhar, pintar e escrever tanto na mini-lousa como nos três cadernos (grande e menores), bem como, fazer uso da maleta como um todo para a realização do jogo simbólico.

d) Pré-requisitos: o pré-requisito é em função da idade da criança, pois crianças muito pequenas podem colocar os objetos na boca, pois a tampa e a tinta da caneta poderão ser, respectivamente, engolida e chupada pela criança, bem como da possibilidade desta colocar a cabeça dentro da maleta causando prejuízos a sua saúde.

e) Adequação do objeto: está discriminado que crianças com idade inferior a 2 anos estão proibidas de fazer uso do material por conter pequenas peças que podem causar asfixia, revelando adequação do produto a fase de desenvolvimento da criança.

f) Classificação do brinquedo: motor; de exercício e simbólico.

Assim, o menino retira a “maleta escolar” de uma das estantes do quarto e vai para o centro deste ambiente. Abre a maleta sem dificuldades e retira de dentro todos os objetos que nela havia. Toda ação de retirar os objetos da “maleta escolar” a criança faz sentada no chão. Dispõe ao seu lado os três cadernos e logo se interessa especificamente pela mini-lousa, não para escrever ou desenhar, talvez porque a caneta pertencente ao kit não estivesse dentro da pasta, mas a criança coloca uma de suas mãos na mini-lousa disposta no chão e com esta mão faz um movimento giratório fazendo-a girar por alguns segundos. Repete esta ação algumas vezes.

Faz uma pausa e entrega os dois mini-cadernos em formato de carro e ônibus para a observadora. Em seguida faz novamente este movimento giratório com a mini-lousa no chão. Depois retira da observadora os mini-cadernos, recolhe todo o material disposto no chão, guarda tudo dentro da “maleta escolar”, levanta-se e diz tchau para a observadora e sai do quarto com a maleta na mão. Depois insere todo o seu braço dentro da alça que anteriormente estava segurando com uma de suas mãos para dispô-la agora debaixo do seu braço. A criança anda com ar de satisfação e imponência e sai do quarto. Rapidamente, após dar alguns passos, fala: “vem!” para que a observadora o seguisse. Caminha mais um pouco em direção ao corredor interno da casa e, neste ambiente, a criança se senta novamente no chão e pede para que a observadora faça o mesmo. Abre a pasta e retira todos os objetos novamente. Deixa do seu lado os três cadernos e, desta vez não os entrega a observadora. Faz novamente o movimento giratório com uma das mãos na lousa que segundos antes tinha colocado no chão.

PATHOS / V. 07, n.04, 2018 46

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