Mas, como a maioria dos médicos desconhece esse fenômeno e não há medidas de triagem ocorrendo para identificar esses indivíduos de alto risco, as prescrições de psicotrópicos são uma roleta russa. A FDA tem driblado a evidência desde 1990, quando o risco dos antidepressivos de causar suicídio foi explorado em uma audiência, mas considerado demasiado preliminar. Posteriormente, em 2004, o FDA emitiu um alerta de perigo sobre o risco de suicídio em crianças e adolescentes que recebem prescrição de antidepressivos, expandindo o alerta aos adultos em 2005 e para todos os antidepressivos em 2010. A reanálise do estudo 329 [10] que inicialmente serviu como um estudo de referência [11] em 2001, apoiando a prescrição de antidepressivos para crianças, demonstrou agora que esses medicamentos são ineficazes nessa população e causam suicídio. Ocultando e manipulando dados que mostram este sinal de perigo, incluindo uma duplicação do risco de suicídio com o tratamento com antidepressivo, [12] [13] [14] tem sido um desafio permanente para o verdadeiro consentimento informado. De fato, uma reanálise [15] de um estudo determinante de 2007, do US National Institute of Mental Health, revelou um aumento de quatro vezes nos suicídios, apesar do fato da publicação inicial [16] não ter alegado aumento do risco em relação ao placebo. À medida que os dados são reanalisados, emerge uma imagem mais clara do caráter dos eventos adversos dos antidepressivos.
De 1999 a 2013, as prescrições de medicação psiquiátrica aumentaram em um colossal 117%, com um aumento simultâneo de 240% nas taxas de mortalidade por estes medicamentos [17]. Não é de se admirar que o Dr. Gotzsche considere os medicamentos psiquiátricos como a terceira causa de morte em todo o mundo [18].
Com a deterioração dos resultados das doenças mentais, aumento de suicídios e violência, talvez seja a hora de explorar perspectivas alternativas sobre como aliviar o sofrimento com foco na resolução da raiz da causa.