Pathos: revista brasileira de práticas públicas e psicopatologia 5º Volume | Page 77

Em tempo, as histórias e experiências únicas de cada pessoa, podem determinar seus caminhos, percepções e até mesmo a função que aplicativos para relacionamentos pode ter.

A que ponto as coisas estão diferentes? Será que a angústia, presente em grande parte dos componentes de nosso tempo, já não existia no passado, porém caracterizada de forma diferente e talvez até mais reprimida? Gostaríamos de finalizar com o questionamento feito por Silva (2005) em sua apresentação sobre a obra A Era do Vazio de Lipovetsky (1993), que traduz de forma bastante real a reflexão que pretendemos gerar ao leitor que até aqui nos acompanhou:

Estamos no vazio ou no excesso? Vivemos um tempo extremo ou num novo e instável equilíbrio? Caminhamos no fio da navalha e cortamos os nós que nos prendiam a um passado cheio de correntes e de moralismo? Entramos numa fase de descalabro ético ou, finalmente, estamos pondo os valores a serviços dos homens e não os homens a serviço de uma moral da submissão? Atravessamos a fronteira do bem e do mal e ingressamos num deserto de certezas ou descobrimos que nossas verdades universais eram valores locais universalizados? (Silva, 2005, p. 9)

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