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PATHOS / V. 04, n.02, 2016 48
1 - INTRODUÇÃO
Esse tema surgiu a partir do atendimento de uma paciente de oito anos que foi encaminhada pelo pediatra, pois o mesmo percebeu que Olivia1 estava fusionada aos pais, principalmente, à mãe o que dificultava suas relações com o mundo externo e o reconhecimento do outro como uma pessoa diferente dela. A paciente está em atendimento semanal desde agosto de 2014 e seus pais comparecem ao consultório mensalmente para orientações. E seu processo de análise é pensado como uma possibilidade de transformação, de um recomeço ou (re) nascimento psíquico.
2 - Referencial teórico
Olivia é apresentada pelos pais como uma menina que tem problemas de comportamento, fica agressiva quando contrariada, apresenta dificuldades de relacionamento com outras crianças, pouca autonomia nas tarefas diárias, sendo, dessa forma, muito dependente o que demanda a presença da mãe constantemente. Somada a essa descrição, há a suspeita de ser autista. Tal suspeita tem provocado divergências entre o casal, pois o pai de Olivia não acredita nessa possibilidade enquanto que a mãe já o tem como certo. Ambos se preocupam com o desenvolvimento global da menina.
3 - Objetivos
Este trabalho tem como objetivo discorrer sobre as transformações que acontecem com o paciente durante o processo de análise e podem proporcionar no sentido do desenvolvimento psíquico.
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4 - Objetivos
O método escolhido para a construção deste artigo foi estudo de caso a partir da prática clínica com criança.
5. Resultados e análise
Histórico Clínico
Olivia iniciou a terapia comigo em agosto de 2014, quando tinha 07 anos de idade e, embora não tenha apresentado resistência ao contato, o vínculo terapêutico somente foi estabelecido após alguns meses. Ainda que muito apegada à mãe, em nosso primeiro encontro não rejeitou meu contato e permaneceu sozinha comigo por toda a sessão que durou 50 minutos. Demonstrou certa agressividade em seu brincar batendo com força nos brinquedos e rabiscando a parede.