Pathos: revista brasileira de práticas públicas e psicopatologia 11ºb Volume | Page 85

E qual a melhor forma de expor, comunicar, as experiências bem-sucedidas se não um encontro, um simpósio? A ideia de nosso primeiro Simpósio (I Simpósio de Saúde Mental Infantojuvenil: Autismo e Singularidades) surge, então, do desejo de ouvir profissionais que atuam ou atuaram no território, reconhecer e difundir a produção deste conhecimento, unindo diversos segmentos da rede: saúde, educação, assistência social, cultura etc. Mas não era o bastante! Ainda existiam vozes a serem ouvidas, experiências a serem compartilhadas. Precisávamos garantir um espaço para que não apenas os trabalhadores e pesquisadores da área pudessem expor seus projetos. O público, usuários da rede, também precisava estar, de alguma forma, representado e contemplado.

Retomamos o formato de simpósio pensando na demanda de profissionais do território pela reflexão e conhecimento do manejo com este público. Porém, também queríamos que este público estivesse lá, nos falasse e mostrasse os caminhos que tem encontrado ou buscado para se cuidar. Nasceu, então, a ideia de oficinas, práticas e reflexões que mais se aproximassem deste cotidiano, unindo o pensamento acadêmico da mesa-redonda com as experiências do território e, é claro, dos próprios adolescentes no cuidado em saúde mental.

E assim se deu! Num primeiro momento, tivemos quatro explanações sobre temas pertinentes à adolescência e à juventude voltadas para profissionais e demais interessados. Simultaneamente, na sala ao lado, foram realizadas oficinas, vivências e práticas de cuidado para o público adolescente. Após esta etapa, houve o momento para que os alunos das escolas do território apresentassem seus projetos dentro da comunidade escolar, falando sobre as estratégias de cuidados e enfrentamento do sofrimento psíquico pelo coletivo e através dele.

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PATHOS / V. 11, n.01, 2020 84