Silva (2013a) informa que em 2005 e 2010 foram estabelecidas as deliberações entre o poder público e a sociedade civil, com finalidade de analisar os reflexos e a efetividade desses mecanismos de democracia participativa nos processos de planejamento e gestão das políticas públicas. Na primeira conferência foram estabelecidas 67 propostas ao poder público, por outro lado na segunda 32 propostas foram votadas em plenária final e que as propostas das consideradas ‘‘sub áreas’’ da cultura como; artes, museus, patrimônio, cinema e outros, não foram contemplados como proposta no planejamento nacional de cultural.
Reafirma Viera e Schuelter (2014), é importante respeitar a realidade e diversidade de cada local em política pública de cultura. Como mencionado por Gonçalves (2016), pareando a realização das conferências e constituição dos conselhos de política cultural, refletindo no desenvolvimento dos planos nacionais, estaduais e municipais de cultura.
Na última década, o Brasil vive uma maior participação popular no planejamento das atividades nos estados brasileiros. Sendo utilizada com ferramenta de divulgação a comunicação com os grupos sociais interessados sobre o processo de compreensão, bem como se dará cada etapa para um plano participativo com estratégias, ações e metas. Assim pensa-se como estratégia a utilização do uso da internet, redes sociais, blog, site e o boca a boca, assim como a imprensa de massa quando o processo se torna notícia (Viera; Schuelter, 2014).
Botelho (2001), Coulangeon (2005), Fleury (2006) e Oliveira (2009) mencionam que é importante que ás políticas públicas de cultura sejam articuladas entre as suas duas dimensões (antropológica-sociológica). Dimensão antropológica se entende que é qualquer tipo de construção simbólica, tal como, linguagem, religião, crenças, valores e outros. Dimensão sociológica é compreendida no universo da produção das artes, espetáculos, exposições e das diferentes formas de eventos.
PATHOS / V. 11 n.01, 2020 75
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