Pathos: revista brasileira de práticas públicas e psicopatologia 11ºb Volume | Page 66

Não há essa necessidade, sobretudo se pudermos nos ajudar. Ajuda essa no sentido que nos ensina a filosofia africana "Ubuntu": para que um esteja bem todos precisam estar bem. Eu sou porque somos. É preciso que todos, negros e brancos, estejam nessa luta, nessa reconstrução juntos, cada um do seu lugar de fala, mas entendendo que essa luta é de todos nós.

Ronaldo Coelho – Espero que esse vídeo contribua para reflexões. Que pessoas negras que passam por dores da maneira que aqui abordamos, possam considerar seu sofrimento, possam reconhecê-lo, porque quando a gente olha para o nosso sofrimento, a gente o reconhece. No primeiro momento pode ser que a gente se sinta fraco, mas é o caminho para que a gente possa se fortalecer. Há uma demanda muito grande de que você seja forte, então olhar para o sofrimento também é se fortalecer. Andréia, muito obrigado! Obrigado por ter vindo aqui no divã do Conversa Psi!

Andréia Alves – Obrigada pelo convite! Espero que as pessoas entendam o porque desse vídeo, desse chamamento, sobretudo nesse momento.

Assista a entrevista completa no Conversa Psi

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PATHOS / V. 11 n.01, 2020 65