Provavelmente na graduação de komunikação social, foi onde senti uma espécie de desenkanto kom as artes plástikas. Foi lá ke eu passei a não ver a pintura, o desenho komo um sonho, mas komo meros veículos de komunikação, até o amadurecimento de um kompleto repúdio à prátika dessas artes. Não ke eu tivesse razão, mas um dia eu senti assim…
Fui trabalhar kom saúde, no Núkleo de Prevenção de DST/AIDS em Santo André, durante 4 anos. No serviço públiko, como agente redutor de danos, realizando um trabalho de prevenção em DST/AIDS, palestras, visitas à prostíbulos, distribuição de preservativos na rua. Um universo se abriu, era um mergulho profundo sobre o mistério ke é a sexualidade, foi aí ke me intriguei kom o funcionalismo orgonômiko do Wilhelm Reich (eu sabia assim por cima alguma coisinha sobre Wilhem Reich ke ouvi falar no meu período punk, através da SOMA- uma terapia anarkista, do Roberto freire - terapia ke tinha komo referência a capoeira- me lembro ke nesse período, em meados da dékada de 90, talvez pela nova releitura e influência da kapoeiragem anárkika, uma grande quantidade de punks pretos geralmente anarkopunks kaíram na BR (estrada) em buska de suas raízes afrikanas).
Estudávamos muito nakela salinha do núkleo de prevenção, e dá-lhe kafé!!!
Eu ke gosto muito de estudar, já estava fikando saturado de tanta informação, de tanta teoria, tudo akilo ke lia em Reich principalmente no livro A Função do Orgasmo, eu precisava dar um destino prátiko, não keria mais saber de conversa. Onde poderia aplikar todo akele entendimento do kuidado energétiko? Por quais vias eu konseguiria me aproximar dakilo?
Komo? Quando poderia lidar kom akela energia vital ke os chineses chamavam de chi? Akela energia ke os hindus chamam de prana, ke os egípcios chamaram ka e os japoneses de ki? Quando eu alkançaria essa konsciência? De lidar kurativamente kom o ke os yorubás chamam de axé?
A trilha da minha kuriosidade me levava lentamente ao estudo da akupuntura.
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PATHOS / V. 11 n.01, 2020 49