Rita Barreto, fotógrafa paulista da cidade de Ribeirão Preto, vem desenvolvendo trabalho documental com a etnia Kuikuro, do Alto Xingu, MT, desde 2004. Ao longo dos últimos 15 anos, Rita fotografou os Kuikuro no Parque Nacional do Xingu e no projeto de Intercâmbio Cultural com os Índios do Xingu, que acontece todo mês de abril na Toca da Raposa, em Juquitiba, SP.
Sua relação com os Kuikuro lhe rendeu 17 exposições – três individuais e 14 coletivas – e o Prêmio Leica de Fotografia, na categoria foto colorida. Nesses 15 anos com os Kuikuro fotografou três gerações e estabeleceu uma relação de amizade, respeito, carinho e admiração com a etnia. Esse trabalho resultou em seu primeiro livro, Kuikuro, produzido pela Editora Origem. Com 16 anos de carreira, a fotógrafa também se especializou em imagens que ilustram livros didáticos, publicando com principais editoras de didáticos do país.
Para aqueles que quiserem adquirir o livro segue o link: https://www.editoraorigem.com.br/product-page/kuikuro-rita-barreto
Na costa senegalesa figura, impiedosamente, aquilo que por séculos presenciou choro , dor e angústia de seres humanos acorrentados, apartados de suas terras e famílias; seres humanos coisificados e com o propósito de servirem de instrumentos para o exercício de poder de outros. Nesse lugar, ao peso de correntes nos pés e ao estalar de chicotes em seus ombros, talvez contemplassem o horizonte de um mar infinito ao passo que sentiam a finitude do próprio viver. São alguns dos sentimentos que nos suscitam ao observarmos a foto em destaque. Intitulada como "porta do não retorno", essa construção é apenas uma das inúmeras existentes no litoral africano. Originalmente tinham o propósito do embarque de seres humanos escravizados para serem encaminhados a trabalhos forçados do outro lado do atlântico. A imagem possivelmente eterniza a última visão que esses homens, mulheres e crianças tiveram ainda em solo africano, antes de embarcarem para uma viagem incerta na qual o futuro não mais lhes pertenciam.
Foto em destaque