Pathos: revista brasileira de práticas públicas e psicopatologia 11ºb Volume | Page 100

OFICINA: MANDALA E MEDITAÇÃO

WORKSHOP: MANDALA AND MEDITATION

Isabella Basto Poernbacher1

Até o dia do II Simpósio de Saúde Mental InfantoJuvenil: Adolescência e Singularidades na ETEC Pirituba- Região Noroeste de São Paulo, haviam poucos adolescentes inscritos e nos preparamos para uma vivência pensando que viriam no máximo 20 adolescentes. Contudo, durante o evento, uma classe de uma Escola Técnica Estadual (ETEC), local este no qual o evento estava sendo realizado, relatou interesse de participar das oficinas e a organização decidiu então abrir mais vagas, imaginando ser uma turma de aproximadamente 30 adolescentes. E essa foi a imagem pela qual nos preparamos para conduzir nossa oficina.

No entanto, quando fomos esperar o encerramento da oficina que antecedia a nossa, começamos a nos dar conta da quantidade de adolescentes que estavam presentes no local: era o final de uma manhã quentíssima e uma sala lotada de adolescentes acelerados e excitados que acabavam de finalizar uma vivência de música e dança afro. Ao término dessa atividade, os adolescentes rapidamente saíram, ficando pouquíssimos dentro da sala para nossa atividade que viria a seguir. Não tínhamos ideia de quantos desses jovens voltariam para a nossa oficina e confesso que não esperava e nem desejava que ficassem muitos deles, mesmo porquê não dispúnhamos de material suficiente e nem de espaço adequado para todos eles.

Por outro lado, fiquei extremamente grata ao perceber que havia uma equipe de apoio muito disponível e, em conjunto, organizamos material de pintura para o momento da mandala. Foi muito importante perceber a postura dos profissionais presentes – todos muito disponíveis e dispostos a enfrentar tudo o que fosse necessário para fazermos essa vivência.

A nossa proposta inicial era de meditação rápida para, em seguida, entrar com a pintura de mandalas em cds, contudo, mostrou-se ineficaz essa estratégia quando a sala começou a ficar lotada novamente e, antes de começarmos já contávamos com 70 adolescentes e só tínhamos pinceis para a metade deles.

PATHOS / V. 11 n.01, 2020 99

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