PATHOS / V. 11, n.01, 2020 70
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1- INTRODUÇÃO
O presente artigo tem como foco central compreender as faces das políticas públicas de cultura e arte e os seus reflexos na sociedade, tanto a partir de uma compreensão teórica do desenvolvimento da cultura, bem como na forma que se entende arte. Diante disso, verifica-se o papel da psicologia enquanto ciência e profissão nesse contexto. A problemática principal desse estudo tem como base o impacto social e psicológico na população que apresenta menor índice de participação em atividades culturais pelo estado de São Paulo, assim como, quem são e onde estão.
À título de provocação, pensa-se como possível reflexo o crescimento da violência e do adoecimento psíquico, especificamente do sofrimento ocasionado pelo desamparo e a exploração cultural ao longo do tempo, característico do capitalismo. A própria centralização de informações e ações é pensado como motivo que dificulta a aplicação das artes, refletindo na consciência de resgate e valorização da própria cultura local. Para isso, arte e a educação, tem um papel fundamental amparando os fazeres culturais na base da rede, permeando-se por meio de ações articuladas com o poder executivo, tanto na luta por uma cultura democrática como pela democratização cultural. Por isso que analisar as faces das políticas públicas de cultura e arte é fundamental para compressão dos seus reflexos.
No Brasil, segundo dados do Ministério da Cultura - Minc (2017), entende-se cultura por três faces que elucida o compromisso federal em apoio as políticas públicas estaduais e municipais, sendo uma delas a face simbólica que considera que todos os seres humanos têm possibilidade de se manifestar por meio de símbolos expressados em diferentes formas, bem como idiomas, costumes, culinária, modos de vestir, crenças, criações tecnológicas e arquitetônicas, sobretudo também, e em destaque, nas linguagens artísticas: teatro, música, artes visuais, dança, literatura, circo, audiovisual e outras.