Pathos: revista brasileira de práticas públicas e psicopatologia 11ºa Volume | Page 12

Vanessa Oliveira

Foto: Mariana Roveda

Não é fácil ser mulher negra nem no Brasil, nem na Argentina.

Costumo a dizer que o Brasil está vivendo a “primavera preta”,

e a mulher preta está pisando forte nesse terreno fértil

Vanessa gentilmente nos cedeu sua imagem para o volume 11a, foto tirada por Patricio Pouchulu. Ela é artista, poliglota, atriz, percussionista, baterista e “cantadora”. Linguista aficionada, mãe de dois, casada, segunda de cinco irmãos. Vive em Buenos Aires há 12 anos, onde estuda línguas ( inglês, francês, espanhol, alemão e latim, todos de forma autodidata). É uma importante influenciadora do estudo autodidata de línguas, sendo um de seus projetos de trabalho. Dentre seus projetos, está o de aprender idiomas africanos e indígenas brasileiros. "O som e o movimento são minhas matérias primas principais, a curiosidade é meu combustível e os desafios meu horizonte", diz.

No entanto, apesar de sua gana por desbravar novas fronteiras, cita o provérbio Mbede que diz: “ainda que saias a caçar elefantes, não desprezes o caracol”,

e completa: "Estamos com projetos ambiciosos todo o tempo, sejam eles pessoais, profissionais, sociais ou políticos. Acho importante ter grandes projetos, mas tão

importante também é olhar para ações e sensações simples que vivemos no dia a dia. Tenho cadernos cheios de projetos musicais e teatrais que considero artística e socialmente impactantes, mas tomei a decisão de primeiro alinhar tudo o que é pequeno e cotidiano". Enfatiza a necessidade do autocuidado, físico, estético, intelectual, emocional, espiritual e econômico como formas de empoderamento da mulher preta.

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