Um dos primeiros passos que realizei referente a isso, foi organizar uma Roda de Conversa sobre Saúde Mental e Militância pelo coletivo Juventude Manifesta ao qual faço parte. Uma amiga do coletivo que estava passando por esta situação trouxe esse pedido. Juntos, com outras estudantes de Psicologia e com auxílio de algumas professoras, assim o fizemos. Desse momento em diante, dediquei-me a dialogar mais sobre esses adoecimentos e o espaço que mais me impulsionou foi o da Roosevelt – onde ocorre tanto o grupo de estudos quanto os atendimentos pelas/os psicanalistas, aos sábados.
Neste sentir e sentido, a escuta e uma supervisão implícita da referida professora culminou na percepção sobre o engajamento enquanto articulador, fazendo com que realizasse ações para sair do papel a ideia de atendimentos em uma praça pública em Guarulhos – município que carece muito desses espaços. Ao dialogar com as/os amigas/os do C.A. de Psicologia Nise da Silveira e formados em Psicologia com quem já realizávamos alguns projetos em Guarulhos, iniciamos a formação do coletivo: Psicologia nas Fronteiras.
NOTA DO AUTOR
No momento, o coletivo passa por reformulações, não está atuando na praça e pretende retornar o mais brevemente possível. Os projetos não param e, atualmente, iniciaram as Rodas de Escuta dentro das Ocupações do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto - MTST, de Guarulhos, que ocorrem uma vez por mês, contando com temáticas iniciais sobre ansiedade, depressão e suicídio.
COMO CITAR ESTE ARTIGO
Novais, L.F.R. (2019) A psicologia nas fronteiras: o sentido de sentir a psicologia. Pathos: Revista Brasileira de Práticas Públicas e Psicopatologia, 10 (3), 63-66.
RECEBIDO: 14/06/2018.
APROVADO: 01/02/2019.
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PATHOS / V. 10, n.03, 2019 66