Pablo Cazau
The history of
experimental design
Uma resenha histórica dos
desenhos experimentais
Summary
This article contains a historical review of
the different procedures used to discover
or prove causal connections, today known
as experimental design in the broader
sense of the term. It begins with a brief reference to the works of Aristotle highlighting its logical underpinnings, and goes on
to describe how the concept evolved during the Early Middle Ages and the Renaissance, where the philosophy of Francis Bacon played a predominant role. The paper
continues to the 19th century, when John
Stuart Mill and his thinking was a major
influence, and ends with an explanation of
how experimental design was dealt with in
the 20th century. After analyzing the designs reviewed, the study concludes that
the way the designs have been proposed
is directly linked to how science has been
conceived throughout history including,
inter alia, the distinction between natural
and social sciences.
Resumo
No presente artigo é feita uma revisão histórica dos diferentes procedimentos para
descobrir ou provar conexões causais, hoje
em dia conhecidas como desenhos experimentais em sentido amplo. Começa-se
com uma breve referência aos antecedentes aristotélicos que destacam seu sustento lógico, e descrevem-se depois os avanços
na Baixa Idade Media e no Renascimento,
onde o pensamento de Francis Bacon ocupou um lugar predominante. Desde aí continua-se até o século XIX, onde a figura de
John Stuart Mill é também central, para
depois descrever a forma em que, no século XX, são tratados os desenhos experimentais. A análise dos desenhos examinados permite concluir que a forma na qual
estes têm sido apresentados tem uma relação direta com a forma em que tem sido
concebida a própria ciência ao longo da
história, o que inclui entre outras coisas a
distinção entre ciências naturais e sociais.
Key Words: research, experimental design, experiment.
Palavras-chaves: pesquisa, desenho
experimental, experimento.
70 | Paradigmas, jul.-dic., 2013, Vol. 5, No. 2, 69-98