Editorial
Neste editorial quero desejar um Feliz Natal a todos e que 2018 traga a felicidade que cada
um tanto deseja. Mas cabe-me, prioritariamente, fazer uma reflexão sobre este período do
ano letivo 2017/2018.
Desde setembro até hoje tivemos uma grande diversidade de eventos/incidentes.
Como por exemplo, receber alunos novos todos os dias, pois continuam a procurar-nos e
devemos recebê-los se é isso que querem, pois pode ser a oportunidade da vida de cada um
no que respeita ao sucesso escolar e até a uma recuperação social e afetiva que estes jovens
podem ter. Se podemos recuperar um jovem porque não fazê-lo? Temos de tentar todos
juntos que cada jovem que nos procura possa ser mais um elemento desta grande família EPDRAC.
Temos tido diversas aulas de campo quer no que respeita aos alunos da área agrícola quer aos alunos de equitação. Estas são um
eixo importante das aprendizagens que devem aproveitar pois são sempre aprendizagens em contexto real, o que é mais motiva-
dor e mais fácil de apreensão.
Já tivemos uma visita Erasmus e outra dos alunos de Turismo Equestre a França. Estas visitas são bastante positivas para as
aprendizagens e para abertura de novos horizontes.
Tivemos uma linda apresentação equestre na FNC da Golegã, que muito nos orgulhou e que todos acompanhámos.
Conseguimos já estar representados em duas feiras pelo voluntarismo dos professores e dos alunos.
Temos tido diversas atividades internas organizadas pelos alunos, que têm sido bem-sucedidas. Podemos dizer que os nossos
jovens são empreendedores e estão preparados para abraçarem novos desafios.
Organizámos, nos dias 9 e 10 de dezembro, o CNC de uma estrela que, apesar de não ter muitos concorrentes exteriores à esco-
la, teve uma grande participação de alunos da Escola. Foi bom, pois esta participação levou-nos para os anos de 2013/2014 em
que os concursos eram bastante participados pelos alunos. Penso que este objetivo foi bastante conseguido.
Temos uma estufa construída, a horta a produzir, o pomar a ser reestruturado, os animais a aumentarem…
Poderia continuar a apresentar mais pormenorizadamente outras atividades que posso ter esquecido de enumerar, mas creiam
que não é por mal, mas porque não posso deixar de recordar outros episódios menos positivos.
Infelizmente o nosso João Oliveira deixou-nos. Momentos difíceis para todos aqueles que o conheceram e que com ele convive-
ram. Ainda hoje dói e vai continuar a doer. Um elemento desta família partiu e deixou-nos mais pobres. Irei recordar ao longo da
minha vida um jovem educado, feliz, com um lindo sorriso, que sempre respeitou os outros e que sabia estar e dar-se aos outros.
Apesar da nossa grande tristeza por esta perda tenho a certeza de que ele nos está a sorrir. Palmas ao aluno FELIZ!!!!
Outro aspeto que me deixa extremamente triste têm sido alguns comportamentos dos alunos. Que os novos alunos tenham ne-
cessidade de tempo para se adaptarem e tenham atitudes de falta de respeito, apesar de não gostar e de ter de agir, compreen-
do que é um momento de aprendizagem e de crescimento dentro do seio da família EPDRAC. Que os alunos mais velhos da esco-
la tenham atitudes de falta de respeito por diversos elementos desta comunidade não compreendo e não aceito. Não se podem
esquecer que estão a ser preparados para integrarem o mundo do trabalho e o respeito pelos outros é essencial. Contudo, numa
família sabemos que nem sempre estamos todos de acordo e que nem sempre tudo corre bem, mas devemos ter a humildade
para nos podermos arrepender e pedir desculpas sinceras pelos atos praticados e às pessoas que magoámos. Esta capacidade faz
-nos crescer e encontrar o caminho da honestidade, da integridade e do profissionalismo.
Espero que esta reflexão ajude cada um no que respeita à mudança de atitudes perante os outros e perante a escola.
Na escola os estragos dos equipamentos sucedem-se. Sabem que não temos os funcionários suficientes que garantam que os
serviços estejam assegurados a 100%. Todos, dentro das suas capacidades, funções e até personalidade fazem o que podem para
que a escola funcione. A melhoria deste ponto não depende da direção da escola, depende de autorizações dos seus superiores
hierárquicos. Temos de aprender a respeitar o que é pago por todos aqueles que pagam os seus impostos e que é para a utiliza-
ção de todos os que atualmente estão na escola, mas também para aqueles que virão.
Esta reflexão é minha, enquanto diretora da escola, mas também terá de ser para todos aqueles que leiam este editorial.
Sem trabalho e sem responsabilidade nada se consegue. Trabalho e responsabilidade exigem sacrifício e disponibilidade.
Um Bom trabalho a todos e FESTAS FELIZES!
Conceição Matos
Direção: EPDRAC
Palavras&Cª
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Grafismo e composição: Biblioteca EPDRAC/TC
Redatores: docentes e alunos