31
Religião dentro da política brasileira
Por Vinícius Caixeta Moreira
Infelizmente, a política brasileira, que faz parte de um estado laico, tem vários
representantes que usam a religião como desculpa para aprovarem leis e acordos de
acordo com seus próprios interesses. Um exemplo dessa prática pode ser observado no
caso de um pastor que, no cargo político, abriu uma votação para um projeto de lei que
proibia jogos que mencionavam outras religiões que não a dele. Esses jogos, porém,
ajudam a movimentar a economia do país, gerando, também, empregos e dinheiro para a
população brasileira. Nesse caso, o pastor apenas considerou sua fé para atuar em nome
das pessoas que o elegeram.
Em minha opinião, essa atitude é errada, pois o Estado é laico. Isso quer dizer
que a religião não deve interferir ou influenciar as decisões políticas e burocráticas da
nação. A política brasileira deve pensar em todas as pessoas que vivem no país e seus
representantes devem atuar para todas a população, independentemente das religiões
que existem no Brasil. Além disso, é comum presenciarmos notícias de políticos ligados
a Igrejas que usam e abusam da corrupção, utilizando essa instituição como forma de
lavar dinheiro.
Além desse problema, muitos políticos que estão relacionados a grupos
religiosos cristãos apresentam a mentalidade muito fechada para questões atuais, como
abordo, descriminalização da maconha, dentre outros. Assuntos estes que precisam ser
debatidos longe do olhar da fé, visto que são questões de saúde pública.
Assim, é importante que a política brasileira assuma a sua função de política, e
não de fé.