FILMES
OS CAVALEIROS DO ZODÍACO:
A LENDA DO SANTUÁRIO
CRÍTICA do filme
Uma nova visão sobre a épica batalha das
doze casas do zodíaco, que foi aclamada entre os milhares de fãs, chegou aos cinemas
na versão em animação Os Cavaleiros do Zodíaco: A Lenda do Santuário.
Adaptar mais de 70 episódios em uma
hora e meia é uma tarefa realmente complicada, mas o filme ter apenas esse tempo
é muita preguiça para contar uma saga tão
rica. Preguiça, para falar a verdade, é palavra
chave para descrever o filme como um todo,
principalmente em termos de roteiro.
Em vários momentos, a história é muito
corrida e mesmo quem é fã de carteirinha
se pergunta como aquilo foi acontecer sem
uma explicação. Se o intuito era agradar os
fãs antigos e conseguir novos fãs, o tiro saiu
pela culatra, não agregando nada para a geração passada e muito menos para a nova.
Batalhas épicas ficaram esquecidas e personagens importantes no desenvolvimento da
história foram relegados ao pó.
Em relação à nostalgia, os primeiros dez
minutos são realmente os melhores do filme, pois é quando você consegue captar a
essência dos Cavaleiros salvando Saori com
a clássica dublagem da série. Confesso que
quando Seya surgiu pela primeira vez juntamente com Shiryu, Hyoga e Shun, uma lágrima caiu. É mágico ver essa ligação que os
Cavaleiros têm com os fãs.
Destaque também para o novo visual dos
cavaleiros que está muito lindo e muito bem
desenhado. Todo trabalho feito em computação gráfica, e todos os cavaleiros tem um
visual digno – Saiori com as longas madeixas na cor lilás ficou linda. A cenografia do
santuário está impecável e é isso que mostra que o filme tinha muito potencial para ir
além, mas, mais uma vez a preguiça reinou
e tudo se arrastou com o objetivo de ganhar
dinheiro.
Mudanças desnecessárias na trama original irritou muita gente. Seya parece o novo
convidado do Zorra Total, com piadas sem
graça e sem sentido que não se encaixam
em nenhum contexto. Transformar o Ikki em
coadjuvante do coadjuvante foi um problema muito sério em todo filme, praticamente
a sua participação se resume a duas cenas
e quatro frases. Completamente lamentável
fazer isso com o Cavaleiro de Bronze mais
forte.
Máscara da Morte foi uma espécie de parceiro de Seya no Zorra Total. Mudança radical na essência do personagem, que era o
mais vilão e malvado dentre os Cavaleiros de
Ouro, e se transformou em um palhaço caricato com direito a dancinha e cantoria. Agora, a cereja do bolo foi terem transformado
Milo de Escorpião, em uma guerreira linda
de cabelos vermelhos e olhos cor de rosa e
extremamente mortal.
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