OpenMind Magazine Oct 2014 | Page 31

FILMES OS CAVALEIROS DO ZODÍACO: A LENDA DO SANTUÁRIO CRÍTICA do filme Uma nova visão sobre a épica batalha das doze casas do zodíaco, que foi aclamada entre os milhares de fãs, chegou aos cinemas na versão em animação Os Cavaleiros do Zodíaco: A Lenda do Santuário. Adaptar mais de 70 episódios em uma hora e meia é uma tarefa realmente complicada, mas o filme ter apenas esse tempo é muita preguiça para contar uma saga tão rica. Preguiça, para falar a verdade, é palavra chave para descrever o filme como um todo, principalmente em termos de roteiro. Em vários momentos, a história é muito corrida e mesmo quem é fã de carteirinha se pergunta como aquilo foi acontecer sem uma explicação. Se o intuito era agradar os fãs antigos e conseguir novos fãs, o tiro saiu pela culatra, não agregando nada para a geração passada e muito menos para a nova. Batalhas épicas ficaram esquecidas e personagens importantes no desenvolvimento da história foram relegados ao pó. Em relação à nostalgia, os primeiros dez minutos são realmente os melhores do filme, pois é quando você consegue captar a essência dos Cavaleiros salvando Saori com a clássica dublagem da série. Confesso que quando Seya surgiu pela primeira vez juntamente com Shiryu, Hyoga e Shun, uma lágrima caiu. É mágico ver essa ligação que os Cavaleiros têm com os fãs. Destaque também para o novo visual dos cavaleiros que está muito lindo e muito bem desenhado. Todo trabalho feito em computação gráfica, e todos os cavaleiros tem um visual digno – Saiori com as longas madeixas na cor lilás ficou linda. A cenografia do santuário está impecável e é isso que mostra que o filme tinha muito potencial para ir além, mas, mais uma vez a preguiça reinou e tudo se arrastou com o objetivo de ganhar dinheiro. Mudanças desnecessárias na trama original irritou muita gente. Seya parece o novo convidado do Zorra Total, com piadas sem graça e sem sentido que não se encaixam em nenhum contexto. Transformar o Ikki em coadjuvante do coadjuvante foi um problema muito sério em todo filme, praticamente a sua participação se resume a duas cenas e quatro frases. Completamente lamentável fazer isso com o Cavaleiro de Bronze mais forte. Máscara da Morte foi uma espécie de parceiro de Seya no Zorra Total. Mudança radical na essência do personagem, que era o mais vilão e malvado dentre os Cavaleiros de Ouro, e se transformou em um palhaço caricato com direito a dancinha e cantoria. Agora, a cereja do bolo foi terem transformado Milo de Escorpião, em uma guerreira linda de cabelos vermelhos e olhos cor de rosa e extremamente mortal. 31