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O concelho de Marco de Canaveses fi ca situado no distrito do Porto, em plena região
duriense. Os seus limites são estabelecidos pelos concelhos de Amarante (a norte), de Baião
(a este), de Cinfães e Castelo de Paiva (a sul) e de Penafi el (a oeste).
Compreende uma área de 202 quilómetros quadrados, pela qual se distribuem 16
freguesias: Banho e Carvalhosa, Constance, Soalhães, Sobre Tâmega, Tabuado, Vila Boa
do Bispo, Alpendorada, Várzea e Torrão, Avessadas e Rosém, Bem Viver, Santo Isidoro e
Livração, Marco, Paredes de Viadores e Manhuncelos, Penhalonga e Paços de Gaiolo, Sande
e S. Lourenço do Douro, Várzea, Aliviada e Folhada, Vila Boa de Quires e Maureles.
De acordo com estudos etimológicos, o primeiro elemento do topónimo principal do
concelho (“Marco”) terá sido atribuído a esta terra pelo facto de aqui ter existido uma marca de
pedra, que assinalava a divisão das freguesias de Fornos, São Nicolau e Tuías. “Canaveses”,
por sua vez, deriva de “canavês”, que signifi ca “terreno onde se cultiva câneve, ou seja,
cânhamo. Esta designação é, assim, alusiva à cultura de cânhamo, outrora abundante nesta
região.
A julgar pelos vestígios arqueológicos encontrados no território do actual concelho de
Marco de Canaveses, este foi povoado desde o período do Neolítico. Mais tarde, recebeu a
presença do povo romano, que também deixou fortes marcas da sua passagem, nomeadamente
as termas, o fórum, as zonas habitacionais e uma necrópole da povoação de Tongóbriga.
As raízes históricas deste concelho estão ligadas à antiga vila de Canaveses, cujo
senhorio pertenceu à família de D. Gonçalo Garcia, entre 1255 e 1384. Neste ano, Canaveses
foi entregue, por D. João I, a João Rodrigues Pereira. Já no século XIX, as suas terras foram
integradas no município de Soalhães. Contudo, esta situação foi alterada em 1852, com a
criação do concelho de Marco de Canaveses, que resultou da anexação dos concelhos de
Benviver, Canaveses, Soalhães, Portocarreiro e parte dos de Gouveia e Santa Cruz de Riba
Tâmega.