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Pelourinho de Soalhães
O morgado de Soalhães foi
instituído em 1034 por D. João Martins,
Bispo de Lisboa. Na região existiu um
mosteiro, cuja mais antiga referência
data igualmente do século XI, que
foi extinto por D. Sancho II antes
de 1245. Nessa mesma centúria, a
povoação já é concelho, embora o
foral chegue apenas em 1514, por
doação de D. Manuel. Finalmente, em
1853 Soalhães passa à categoria de
freguesia de Marco de Canaveses.
Conserva ainda o seu pelourinho,
talvez construído na sequência do
foral manuelino.
O pelourinho, em granito,
ergue-se sobre soco de três degraus
quadrangulares, encimados por uma
quarta plataforma, mais elevada e
com as arestas superiores chanfradas,
servindo de base à coluna, que nela
encaixa. A coluna possui fuste cilíndrico
e liso, e é directamente rematada por
ábaco ou tabuleiro quadrado, sem
capitel. Este tabuleiro é constituído por
três molduras crescentes, sendo a do
topo encimada por quatro pináculos
cantonais e um pináculo central, de
idêntica tipologia, mas de dimensão
muito superior. Os pináculos são
constituídos por uma peça de base
quadrangular e remate em pirâmide
quadrada, tipo ponta de seta.
Capela da Légua
A Capela da Légua tem como orago Nossa
Senhora da Luz. Reconstruída certamente no
local do da primitiva pequena Capela de 1723,
o atual edifício data de 1866, como inscrito na
empena recortada da porta, com aumento de
torre sineira à direita em 1937, e atual ampliação
e requalifi cação em 1967.