Olhar - por Marco de Canaveses | Page 18

16 17 Pelourinho de Soalhães O morgado de Soalhães foi instituído em 1034 por D. João Martins, Bispo de Lisboa. Na região existiu um mosteiro, cuja mais antiga referência data igualmente do século XI, que foi extinto por D. Sancho II antes de 1245. Nessa mesma centúria, a povoação já é concelho, embora o foral chegue apenas em 1514, por doação de D. Manuel. Finalmente, em 1853 Soalhães passa à categoria de freguesia de Marco de Canaveses. Conserva ainda o seu pelourinho, talvez construído na sequência do foral manuelino. O pelourinho, em granito, ergue-se sobre soco de três degraus quadrangulares, encimados por uma quarta plataforma, mais elevada e com as arestas superiores chanfradas, servindo de base à coluna, que nela encaixa. A coluna possui fuste cilíndrico e liso, e é directamente rematada por ábaco ou tabuleiro quadrado, sem capitel. Este tabuleiro é constituído por três molduras crescentes, sendo a do topo encimada por quatro pináculos cantonais e um pináculo central, de idêntica tipologia, mas de dimensão muito superior. Os pináculos são constituídos por uma peça de base quadrangular e remate em pirâmide quadrada, tipo ponta de seta. Capela da Légua A Capela da Légua tem como orago Nossa Senhora da Luz. Reconstruída certamente no local do da primitiva pequena Capela de 1723, o atual edifício data de 1866, como inscrito na empena recortada da porta, com aumento de torre sineira à direita em 1937, e atual ampliação e requalifi cação em 1967.