Ocupação Efêmera da FeliS e seus impactos no Centro Histórico. Espaço público e ocupação efêmera | Page 14
paisagem que ilustre um ou vários períodos significativos da história
humana;
(v) ser um exemplo relevante de formas tradicionais de assentamento
humano ou de utilização da terra ou do mar, representativas de uma
cultura (ou de várias culturas), ou de interação do homem com o seu
meio, sobretudo quando este tornou-se vulnerável devido ao impacto
causado por alterações irreversíveis;
(CONSELHO INTERNACIONAL PARA MONUMENTOS E SÍTIOS,
1997)
A justificativa dada à escolha, pelos critérios, levaram em consideração
principalmente dois pontos: o desenho urbano que se manteve original e a arquitetura
civil. No documento da UNESCO, São Luís foi descrita com um excepcional exemplo
de cidade colonial adaptada às condições climáticas e que tem preservado o seu tecido
urbano, harmoniosamente integrado com o seu ambiente natural.
Os conceitos de Integridade e Autenticidade foram destacados na avaliação.
O documento afirma, quanto à Integridade, que a permanência intacta do tecido urbano
reflete a essência das origens e a preservação do Centro Histórico, que não se perdeu
mesmo com a expansão da cidade. Contudo, alerta para a vulnerabilidade ao abandono e
negligência, sendo necessárias medidas de reabilitação urbana. Quanto ao quesito
Autenticidade, é destacado que os materiais e substâncias dos edifícios, ruas e espaços
urbanos são mantidos e respeitados diante a sobreposição dos vários períodos da
evolução do Centro Histórico. De forma que os usos, tradições e costumes da identidade
cultural local são preservados.
2.2. O ESPAÇO PÚBLICO DO CENTRO HISTÓRICO
Os espaços públicos são, segundo o arquiteto urbanista Luiz Rivera de
Castro (2007), os lugares urbanos que, juntamente com infraestrutura e equipamentos
coletivos, garantem a vida comum, sendo como exemplo: as ruas, as praças, as
avenidas, os parques. Locais responsáveis por agregar e incluir pessoas, grupos e
instituições, sendo carregados de funções e formas. Além de espaços geradores de
oportunidades, possibilidades de integração e dissipação de arte, cultura e lazer.
Conforme Larissa Zarpelon (2013), os espaços públicos podem ser considerados como: