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EDITORIAL DORIVAL AP. SERENO 30 ANOS DE GESTÃO DE CASA No dia 27 de Maio de 2012, a FS Vendas e Repre- sentações Ltda., completara 30 anos, sendo que a nossa edição comemorativa será a próxima, mas sobre a dificuldade de man- ter por tanto tempo, uma pequena empresa no Brasil, comecei a tentar lembrar de quantos planos econômicos tivemos neste período, logicamente nos dias de hoje é fácil fazer esta pesqui- sa, temos a internet, aqui temos os planos macroeconômicos, que afeta a gestão de todas as empresas. Certo que fundei a empresa em 1.982, vale lembrar que o Brasil após l973 passou por um período de recessão e crise monetária (1973-1990), com a moratória da dívida externa. A moeda sofreu várias modificações e passou por desvalorizações para combater e hiperinflação que chegou a índices alarmantes. Desde 1979 quando houve o choque do petróleo, a elevação da taxa de juros internacional e a re- cessão americana, o Brasil passou por dez planos econômi- cos. Uns adotaram a estratégia do choque "heterodoxo", ou- tros o do gradualismo, visando o combate à inflação. Todos os planos fracassaram devido à dívida pública excessiva. Entre 1990 e 2003 houve a "Abertura Econômica", com o atre- lamento da economia brasileira à economia globalizada mun- dial sofrendo o impacto da instabilidade da grandes economias como a dos "Tigres Asiáticos" (1997), Rússia (1998), a osci- lação das Bolsas de Valores americanas e européias, etc. O FMI (Fundo Monetário Internacional) passou a acompanhar a administração local, da mesma forma que atuou nos países da América Latina, África e Ásia. Os principais planos econômicos adotados pelo governo brasileiro foram: → Em 1979, programa populista desenvolvimentista (Delfin I). → Em 1981, um programa heterodoxo clássico, acompanhado de forte recessão (Plano Delfin II). → Em 1983, tem início o monitoramento do FMI marcado pela inflação acentuada e pela recessão, mas com balança comer- cial equilibrada. → Em 1985, plano heterodoxo parcial com congelamento de preços públicos. Com a abertura política e o estabelecimento de um governo civil (fim dos governos militares) a inflação tor- nou-se alarmante. A indexação com correção monetária men- sal, passou a ser diária, chegando a 84% ao mês. → Em 1986, foi implantado o Plano Cruzado com o congela- mento de preços, desabastecimento, confisco de bois, etc. → Em 1987, o Plano Bresser surgiu como um plano de emer- gência, heterodoxo, provocando perdas às aplicações nas ca- dernetas de poupança. → Em 1988, tentou-se um ajuste fiscal. → Em 1989, um novo plano econômico denominado de "Plano Verão" adotou a congelamento de preços, a desindexação e a reforma monetária - porém ocorreu a hiperinflação. → Em 1990 (Plano Collor I), de caráter heterodoxo adotou diversas medidas: - a) nova moeda (Cruzado Novo passa a Cruzeiro); b- congelamento de 80% dos bens privados por 18 meses; c- indexação das taxas; d- eliminação da maioria dos incentivos fiscais; e- reajustes nos preços por entidades públi- cas; f- adoção do câmbio flutuante; g- abertura da economia para competição do exterior; h- congelamento temporário dos salários e dos preços; i- estímulo às privatizações; j- extinção de diversas agências do governo, etc. As conseqüências foram a redução no comércio e na produção industrial. Todos os pla- nos fracassaram devido à dívida pública excessiva. → O décimo plano foi o Plano Real (1º de julho de 1994). Foi um plano de estabilização econômica que adotou o câmbio fixo em relação ao dolar até 1999 quando o Banco central determi- nou o câmbio flutuante. O Plano se beneficiou das reservas ex- ternas, procurou fazer um ajuste fiscal, a desindexação da eco- nomia; adotou também uma política monetária restritiva com o aumento de taxas e dos depósitos compulsórios, diminuindo o volume de moeda circulante; houve redução pontual das tari- fas de importação, câmbio artificialmente valorizado, etc. Atraiu capitais estrangeiros comprometendo as contas e obrigando ao governo a pedir mais um empréstimo ao FMI (40 bilhões de dólares). Este plano foi possível graças ao mecanismo da URV que determinou o fim da inflação e a desindexação da economia. Foi positivo no combate à inflação, porém provocou um crescente desequilíbrio fiscal. Continuamos com muitas dificuldades na gestão, com carga excessiva de impostos, tanto de números como de valo- res, mas continuamos na luta. No campo social, nesta edição começamos a divulgar, pessoas desaparecidas, como fonte, utilizamos o site: www.maesdase.org.br Não me interessa nenhuma religião cujos princípios não melhoram nem levam em consideração as condições dos animais. (Abraham Lincoln) O Vendedor 03