O Pinhão | Page 7

OPINIÃO

Como agir em momentos de crise?

Por Dalton Kogima - Tesoureiro da SBD-PR

Nos últimos três anos, vivemos a mais aguda recessão da economia brasileira pelo menos desde 1900 – desde quando há dados disponíveis. Razões para isso não faltaram. Seja um momento de instabilidade econômica ou uma queda no setor de atuação da sua empresa, as crises são inevitáveis, principalmente em se tratando de Brasil. Afinal, a economia de nosso país é conhecida mais por apresentar em padrão de” vôo de galinha” do que de um crescimento robusto e sustentado. E hoje é difícil identificar algum setor da economia que não esteja sofrendo o reflexo da crise. E dentro disso, não poderia ser diferente dentro da SBD-PR.

Com a participação progressivamente menor do sócio dentro de nossos eventos regionais, reflete-se também em um menor interesse de nossos parceiros contribuintes, a indústria farmacêutica. Assim, não é difícil imaginar a consequência disso. Com custos fixos reajustados pela inflação, e com as receitas não acompanhando na mesma velocidade, as contas não fecham. A Instituição torna-se deficitária.

A grande questão é: O que fazer em momentos de crise?

Não esperamos a crise chegar ao ponto irremediável. Uma das grandes metas da nossa gestão foram as diversas ações voltadas aos controles operacionais e administrativos da SBD-PR.

Traçamos uma estratégia para gerir a crise de uma forma coerente. Estas idéias são importantes, mas não necessariamente precisam ser mirabolantes. Ás vezes, pequenas alterações de sua rotina, geram grande impacto lá na frente.

Agir rapidamente:

Dentre as primeiras medidas foi a reunião convocada pelo nosso Presidente com os laboratórios parceiros, expondo a estratégia traçada e as perspectivas da nova gestão. A receptividade foi positiva, porém cobranças por uma maior participação do sócio foi uma das solicitações mais citadas.

Mudar para não perder:

Em chinês, a palavra CRISE é representada por dois ideogramas: perigo e oportunidade. Para enfrentar uma crise é preciso entender o ambiente e ter ações planejadas para reagir. Mas como fazer isso na prática?

Existe uma falsa crença, que se um modelo de negócio funcionou tão bem até aquele momento, ele deve seguir sem alterações. São exatamente esses momentos de crise que ajudam a questionar todo o trabalho executado, e que já dominamos tão bem e o que ainda precisa ser feito. Se observarmos com um pouco de atenção. Mudar é mais que necessário para garantir a sobrevivência, mas a mudança deve ser feita com processos bem definidos.

Por onde iniciar a mudança:

Primeiro, reavaliamos os procedimentos internos e medidas de controle de gastos. Criamos metas de curto e médio prazo. Com a organização de 2 jornadas anuais, conseguimos reduzir custos e concomitantemente a organização científica tratou de formar um programa científico com um conteúdo riquíssimo, conciso, e ineditamente, divertido. Um “Quiz show” vai agitar a jornada.

Em tempos de que a “digitalização” de tudo fazem nossas necessidades caberem dentro da palma da mão, trazer o tradicional “Pinhão” para o mundo digital vai abrir portas para uma novo site, propiciando uma maior aproximação entre os sócios e também nossos parceiros econômicos. Vídeos institucionais e científicos podem além de alcançar o sócio aonde quer que esteja, vai propiciar receitas extras importantíssimas para a manutenção da SBD-PR.

Em resumo, a saída não é apenas uma redução de custos operacionais e financeiros, mas pensar diferente e fazer mais de forma melhor com os recursos que se têm.

Para finalizar, gostaria de citar Winston Churchill, grande estrategista e político britânico: “Um pessimista vê dificuldade em toda oportunidade; um otimista vê oportunidade em toda dificuldade”. Inovar sempre é preciso; hoje, ainda mais.

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