nal pelo Direito à Educação, Ceipe, Rede Nacional da Primeira
Infância, Igarapé, Sou da Paz, Nossa São Paulo e Meu Rio.
Além deles, também são fundamentais as organizações sociais
que estão surgindo com modelos inovadores e comandadas por
jovens lideranças, que visam a apoiar a melhora da gestão pública
e preparar agentes públicos, como Vetor, Ensina, MGov, Tellus
e Datapedia.
Assim começamos a construir outra relação entre a sociedade
e os governos, muito mais conectada, participativa, transparente
e aberta. São grupos que podem fazer o que fazem porque gera-
ções anteriores lutaram contra a ditadura e pela democracia,
iniciaram um terceiro setor mais profissionalizado no Brasil e
deram espaço para a juventude atuar.
O mesmo precisa ser feito na es
fera governamental. Ainda
somos poucos. As condições para a participação efetiva de todos
são desiguais, pari passu com as desigualdades sociais, econômi-
cas e educacionais que, na maioria das vezes, se sobrepõem.
A construção de um espaço democrático qualificado na socie-
dade civil – uma democracia real e amadurecida –, que supere as
polarizações superficiais, é condição essencial para a renovação
das práticas e lideranças públicas, para alcançarmos novo pata-
mar de desenvolvimento, para termos um país que reflita as aspi-
rações de sua população, não projetos de poder personalistas, que
têm como fim o poder em si mesmo.
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Priscila Cruz; Rafael Parente