O imprevisível 2018 PD49 | Page 56

nal pelo Direito à Educação, Ceipe, Rede Nacional da Primeira Infância, Igarapé, Sou da Paz, Nossa São Paulo e Meu Rio. Além deles, também são fundamentais as organizações sociais que estão surgindo com modelos inovadores e comandadas por jovens lideranças, que visam a apoiar a melhora da gestão pública e preparar agentes públicos, como Vetor, Ensina, MGov, Tellus e Datapedia. Assim começamos a construir outra relação entre a sociedade e os governos, muito mais co­nectada, participativa, transparente e aberta. São grupos que podem fazer o que fazem porque gera- ções anteriores lutaram contra a ditadura e pela democracia, iniciaram um terceiro setor mais profissionalizado no Brasil e deram espaço para a juventude atuar. O mesmo precisa ser feito na es­ fera governamental. Ainda somos poucos. As condições para a participação efetiva de todos são desiguais, pari passu com as desigualdades sociais, econômi- cas e educacionais que, na maioria das vezes, se sobrepõem. A construção de um espaço democrático qua­lificado na socie- dade civil – uma democracia real e amadurecida –, que supere as polarizações superficiais, é condição essencial para a renovação das práticas e lideranças públicas, para alcançarmos novo pata- mar de desenvolvimento, para termos um país que reflita as aspi- rações de sua população, não projetos de poder personalistas, que têm como fim o poder em si mesmo. 54 Priscila Cruz; Rafael Parente