O imprevisível 2018 PD49 | Page 12

E, para este salto qualitativo, impõe-se sobretudo uma mudança radical na forma como se trata o decisivo setor da educação, parti- cularmente considerando a rica proposta do senador Cristovam Buarque de promovermos uma revolução educacional. Ao contrário de alterações superficiais, vinculadas à pouca alteração da forma como se disputa eleição para a escolha dos principais dirigentes nacionais e estaduais, e mesmo munici- pais, os brasileiros esperam que se estabeleçam formas moder- nas e sempre mais democráticas para que o cidadão, homem e mulher, possa escolher os seus representantes entre pessoas sérias, competentes e com espírito público, de forma a evitar que se apresentem e disputem mandatos eletivos figuras que objeti- vam pura e simplesmente os seus próprios interesses, ou de seu grupo, no controle da máquina estatal, e ponham em ação seus ricos mecanismos de corrupção. Já que falamos em máquina estatal, precisamos reduzir o seu gigantesco tamanho, não apenas quanto ao número de ministé- rios, secretarias etc. mas também quanto ao número de cargos; implantar nova forma de escolha e contratação de seus dirigentes e assessores, tendo como critério decisivo a capacidade do esco- lhido; definir melhor o papel e a importância dos cargos comis- sionados (que existem muito mais para atender a interesses varia- dos de políticos e empresários de estarem presentes na estrutura decisória do país, do estado ou do município – nos poderes Execu- tivo, Legislativo e Judiciário – assim como empregarem parentes, amigos e correligionários, do que se destinarem ao correto funcio- namento dos órgãos estatais, os quais deveriam atuar no atendi- mento dos interesses da república e dos cidadãos). Diante deste quadro mais que preocupante, em que fomos mergulhados, estamos ameaçados de termos continuidade em tudo o que está aí e que nos envergonha e deprime. Um primeiro e estressante problema é a hipótese de os brasileiros terem que escolher o futuro dirigente máximo deste país, em um segundo turno, entre duas figuras exóticas e fraudulentas: Luiz Inácio Lula da Silva, com seu populismo bem manipulado, e Jair Bolso- naro, o “maior dos patriotas”, ex-capitão militar e um vigarista de grande performance. Na direção de encontrar um caminho diferente e novo, fora das manipulações e espertezas, já começam a surgir, e outras mais aparecerão, candidaturas de pessoas sérias, que se apresen- tam com suas propostas na busca de o Brasil seguir por um 10