E, para este salto qualitativo, impõe-se sobretudo uma mudança
radical na forma como se trata o decisivo setor da educação, parti-
cularmente considerando a rica proposta do senador Cristovam
Buarque de promovermos uma revolução educacional.
Ao contrário de alterações superficiais, vinculadas à pouca
alteração da forma como se disputa eleição para a escolha dos
principais dirigentes nacionais e estaduais, e mesmo munici-
pais, os brasileiros esperam que se estabeleçam formas moder-
nas e sempre mais democráticas para que o cidadão, homem e
mulher, possa escolher os seus representantes entre pessoas
sérias, competentes e com espírito público, de forma a evitar que
se apresentem e disputem mandatos eletivos figuras que objeti-
vam pura e simplesmente os seus próprios interesses, ou de seu
grupo, no controle da máquina estatal, e ponham em ação seus
ricos mecanismos de corrupção.
Já que falamos em máquina estatal, precisamos reduzir o seu
gigantesco tamanho, não apenas quanto ao número de ministé-
rios, secretarias etc. mas também quanto ao número de cargos;
implantar nova forma de escolha e contratação de seus dirigentes
e assessores, tendo como critério decisivo a capacidade do esco-
lhido; definir melhor o papel e a importância dos cargos comis-
sionados (que existem muito mais para atender a interesses varia-
dos de políticos e empresários de estarem presentes na estrutura
decisória do país, do estado ou do município – nos poderes Execu-
tivo, Legislativo e Judiciário – assim como empregarem parentes,
amigos e correligionários, do que se destinarem ao correto funcio-
namento dos órgãos estatais, os quais deveriam atuar no atendi-
mento dos interesses da república e dos cidadãos).
Diante deste quadro mais que preocupante, em que fomos
mergulhados, estamos ameaçados de termos continuidade em
tudo o que está aí e que nos envergonha e deprime. Um primeiro
e estressante problema é a hipótese de os brasileiros terem que
escolher o futuro dirigente máximo deste país, em um segundo
turno, entre duas figuras exóticas e fraudulentas: Luiz Inácio
Lula da Silva, com seu populismo bem manipulado, e Jair Bolso-
naro, o “maior dos patriotas”, ex-capitão militar e um vigarista
de grande performance.
Na direção de encontrar um caminho diferente e novo, fora
das manipulações e espertezas, já começam a surgir, e outras
mais aparecerão, candidaturas de pessoas sérias, que se apresen-
tam com suas propostas na busca de o Brasil seguir por um
10