3. Regime de Exceção e Violação de Direitos Humanos no Brasil
Os profissionais estavam cumprindo sua missão jornalística, devidamente identificados, e nada fizeram que justifique a violência da Polícia Militar. [...] É inadmissível que jornalistas sejam agredidos e tenham sua integridade física ameaçada no exercício da atividade de reportar a realidade à sociedade brasileira( ABERT, 2017). [ 447 ]
Também em Curitiba a violência da Polícia Federal e da Polícia Militar deixou suas cicatrizes nos corpos dos feridos.
Quando esperávamos a chegada do ex-presidente Lula em Curitiba, ao lado da Superintendência da Polícia Federal, em protesto contra a sua prisão, no exato momento em que pousava o helicóptero que o trazia, a Polícia Federal lançou, contra nosso grupo, bombas de gás lacrimogêneo, ferindo a muitas pessoas, inclusive crianças. Em seguida, a Polícia Militar disparou balas de borracha contra vários manifestantes. Com a dispersão temporária, algumas pessoas foram perseguidas por fascistas, que lançaram fogos de artifício contra manifestantes pró-Lula. O corpo de bombeiros atendeu a feridos.( LOPES, 2018) [ 448 ]
No transcurso desse tempo, do outro lado desse mesmo edifício da Polícia Federal, os fascistas e defensores da prisão do ex--presidente lançavam fogos de artifício em comemoração de seu encarceramento e não foram molestados pelas forças policiais.
Em poucos minutos, entretanto, os manifestantes pró-libertação de Lula, em defesa da democracia, se reagruparam. E, com a força da resistência e da negociação, foi mantido o acampamento“ Lula Livre” próximo ao edifício onde o ex-presidente está preso, a uma quadra a mais de distância de onde estávamos quando da sua chegada. Nesse local, todos os dias são realizadas atividades, com delegações de representantes de diversos estados e, algumas vezes, com a presença de manifestantes de países vizinhos.
O acampamento, entretanto, foi alvejado por arma de fogo durante a noite, resultando em pessoas feridas e hospitalizadas, uma delas internada em UTI por vários dias em razão de um tiro no pescoço( VASSALLO, 2018) [ 449 ]. O acampamento, igualmente, foi alvo, durante o dia, da violência do ex-presidente da
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