1. Brasil e BRICS
- companhias estrangeiras, em particular, que atuam no ramo de petróleo e derivados, que poderiam atuar como operadoras na exploração do pré-sal, pondo fim à exclusividade da Petrobras como operadora dessas jazidas;- corporações internacionais, com a privatização de ativos da União, que poderiam alcançar até mesmo a Petrobras, Eletrobras e os bancos públicos;- investidores nas bolsas de valores, com o movimento dos capitais externos que entrariam no país, valorizando as ações no mercado mobiliário;- operadores financeiros que atuam na distribuição dos títulos do Tesouro Federal, emitidos para a rolagem da dívida pública, e no mercado de câmbio, beneficiados com uma política monetária e cambial que ampliasse os volumes de sua realização de lucros;- bancos privados e investidores, com a redução de impostos sobre atividades financeiras, negociação ou perdão de dívidas dos bancos e redução ou eliminação de políticas sociais, resultando em economia de recursos para preservar o pagamento de juros e serviços relacionados à rolagem da dívida pública;- grandes grupos de mídia, com a reconcentração das verbas de publicidade [ 248 ] do Governo Federal em seus veículos, pondo fim ao processo de desconcentração [ 249 ] e pulverização desses recursos, adotado pelos governos Lula e Dilma – e que foi aprofundado a partir de 2015 –, visando distribuir esse recurso pelo território nacional e alcançar veículos regionais e menores. [ 250 ]
1.13.4. Violações da Lei na Operação Lava Jato
Em março de 2016, em São Paulo, em procedimento ilegal, o ex-presidente Lula é conduzido coercitivamente a depor na Polícia Federal, numa das fases da operação Lava Jato.
Semanas depois, buscando uma interlocução do Governo com a oposição, visando reverter o cenário político desfavorável, Dilma anuncia que daria posse ao ex-presidente Lula como ministro da Casa Civil.
Em seguida, o juiz Sérgio Moro publica gravações feitas pela Polícia Federal na operação Lava Jato, entre as quais uma es-
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