Na cidade de Dresden, sudeste da Alemanha, vivia um casal às turras. A esposa dava duro na cozinha e o homem reclamava de tudo. De todas as queixas, a que mais intrigava a dona de casa era a inconstância no sabor do cafezinho. De fato, apesar de utilizar o mesmo tipo de grão e as mesmas quantidades de água e açúcar, o resultado era sempre diferente. E dá-lhe críticas: “Hoje ficou forte”, “Agora está fraco”, “Põe menos água na próxima vez”.
A mulher estava perdendo a paciência. Antes de mandar o marido para aquele lugar, ela resolveu estudar as causas das variações e chegou à conclusão de que o culpado era o coador de pano. Por ser usado várias vezes, o tecido guardava resíduos do pó de café e alterava seu sabor.
A saída então era um coador... descartável. A dona de casa pegou uma panela e fez vários furos embaixo.
Depois, forrou o recipiente com papel mata-borrão, colocou o café moído e despejou água quente. O resultado agradou a ela, ao chato do marido e, posteriormente, ao mundo inteiro.
Foi dessa forma que a senhora Melitta criou o filtro de café, em 1908. Atualmente, a Melitta é uma das 40 maiores empresas de alimentos e bebidas da Alemanha e está presente em 17 países.