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TRI-CENTENÁRIO – Maçonaria Especulativa
Ano XV | Edição 35 | 6

TRI-CENTENÁRIO – Maçonaria Especulativa

Estamos, agora, em 2017, completando 300 anos de Maçonaria Especulativa – ou Progressista. Até 1717 nós tínhamos a Maçonaria Operativa ou dos Construtores Livres., criada em épocas muito remotas, quando os Obreiros dedicavam-se à construção de pontes, templos, igrejas, palácios e outros tipos de obras. Existiam apenas os dois primeiros Graus: Aprendiz e Companheiro.

A partir de 1717, quando 4 Lojas se uniram, criaram a Grande Loja, em Londres, tudo se modificou. Passamos, então, às fases de estudos mais aprofundados, das pesquisas sobre suas origens, seus mistérios, suas raízes, sua simbologia, assuntos não muito, ou quase nada, conhecidos.
As mudanças trouxeram excepcionais vantagens e oportunidades para que se desenvolvessem trabalhos bem conceituados, abrangentes e substanciosos.
Aos poucos, foram surgindo novos enfoques, novos métodos de trabalho, elaboração das Constituições, Regulamentos Gerais, Rituais e de normas pertinentes aos progressos e ao desenvolvimento que surgiram, buscando a disciplina das atividades que deveriam obedecer à prática dos sistemas implantados.
Vale registrar que as modificações se fizeram aos poucos, com muito critério e com muita seriedade e segurança, sem atropelos e de forma bastante concisa. 300 anos já se passaram.
A Maçonaria começou a se envolver, de forma efetiva, nos movimentos libertários, tomando parte, inclusive, em acirrados movimentos revolucionários e de independência das nações.
A partir de 1725( data imprecisa) surge o Grau de Mestre Maçom que impulsionou, com bastante firmeza, os ideais dos Maçons que procuravam fazer avanços e progressos dentro da Ordem. Surgiram os grandes escritores maçons que se ocuparam e se dispuseram a escrever, com muita propriedade, sobre a história, raízes, doutrina e filosofia da Instituição.
Surgiu, também, a criação dos Supremos Conselhos com os Graus mais elevados, trazendo grandes benefícios à cultura Maçônica facilitando, ainda mais, as pesquisas.
Em meio a tudo isto, a criação de novas Potências e novas Obediências que, de certa forma, criaram algumas dissidências. Tais dissidências, que não se pode entender como problemas sérios, vieram trazer a
necessidade de novas estruturações e trabalhos mais diversificados.
A história de todos estes acontecimentos está contada em livros de famosos escritores que, com seus conhecimentos abalizados, e com sua cultura fizeram – e ainda fazem – pesquisas e estudos sobre o assunto, abrindo para nós, amplos e abrangentes horizontes.
Hoje, cabe a cada um de nós, não nos deixar levar para o campo dos“ achismos”, e sim, buscar estudar e pesquisar em livros de autores renomados que procuram retratar, com fidelidade, esta nova fase de nossa Ordem. A história, em si, é muito rica em detalhes e particularidades.
Uma nova fase nos possibilitou a cumprir os preceitos da Entidade através de rituais bem organizados, favorecendo os trabalhos e a disciplina das Sessões Maçônicas.
Hoje já existem“ Tratados de Amizade” que nos permitem viver em harmonia entre Potências e Obediências. Se existem algumas distorções, estas ficam por conta de pequenas vaidades, o que não significa que a paz deixe de reinar no seio da Maçonaria.
Invoquemos o Grande Arquiteto do Universo para que sempre nos ilumine e que nossos trabalhos e nossas atividades sejam em função do engrandecimento da Instituição. Devemos, em primeiro lugar, o respeito, a harmonia e a paz entre todos os Irmãos. A Maçonaria não é propriedade particular. Ela pertence a todos os HOMENS Livres e de Bons Costumes. Pertence à Sociedade formada por todos e quantos queiram se dedicar à fraternidade, à solidariedade, à justiça, acreditando num mundo melhor e mais harmonioso para todos. É o que a Maçonaria prega para nós.
Sejamos, portanto, verdadeiros Obreiros da Paz. Procuremos, com todas as nossas forças, viver em união e defender o direito e a cidadania dos povos.
Que tenhamos, como bússola, a verdade para nortear nossa estrada e nossos caminhos. Que vivamos dentro dos conceitos de um mundo de Igualdade, de Liberdade e de Fraternidade.
Ir.’. José Vicente Daniel Or.’. de Pequeri – MG( Jornal O ESPIRRO DO BODE n º 263 – março / abril-2017 – Loj.’. Maç.’. Theodórica – Pequeri-MG)