O Cavaleiro de São João O Cavaleiro 35 | Page 16

Ano XV | Edição 35 | 16 Qual é a melhor idade? E sta é, sem dúvida, uma das grandes questões do ser humano. Perguntado a uma criança ela poderá responder com singeleza, sem muita experiência de vida, ingênua, inúmeras respostas. Da mes- ma forma ao jovem, que pela ansiedade de querer se ver um homem ou uma mulher completa, gostaria de abreviar o tempo e atingir a idade avançada com saltos, somente para degustar dos prazeres ocultos da maior idade, e, poder dirigir, poder viajar sozinho pelo mundo e ser dono de seu nariz. Por outro lado, no mundo dos adultos, pergun- tado, poder-se-á subdividir-se em categorias de idades, dos que têm mais de 18 anos até os 35, e, que sem dúvida, estão na plenitude jovial, na abundância de energia e que resta a esta pergunta, somente entender porque alguns ainda prefeririam ser mais novos ou mais velhos. Já para os homens e mulheres de 36 até os 60 anos estes sim, já teriam mais tempo de vida para compreender o que foi bom e o que será melhor, devendo aí permanecer inúmeras dúvidas sobre qual seria a melhor idade para eles. E, finalmente reservo a idade chamada de melhor que bei- ra dos 60 anos até os fins de nossas vidas e que permanece a questão como um grande ponto de interrogação. Interrogação que aos moldes dos ensina- mentos da Ordem Rosa Cruz, nos orienta a sermos eternos questionadores, perquirido- res do universo, na busca da verdade. Assim, dando continuidade a esta pro- vocação, eu lhe pergunto: - Que idade você tem? A idade física, a ideológica e a mental? Você tem a mesma idade das evo- luções tecnológicas atuais? Você usa face- book, wats app, tem instagram, sabe o que é uma start up, o que é uma incubadora, você já usa bitcoin? Somos regidos pelo tempo dos homens, e, dizem, que é diferente do tempo de Deus, o Grande Arquiteto do Universo. Neste nosso universo terrestre, existem inúmeros protocolos, inconscientes e repetitivos de gerações para gerações, apresentados como regras verdadeiras, inquebrantáveis, indiscu- tíveis e que nos fazem sermos aparentemen- te o que somos, sem questionarmos muito, fazendo de todos nós, simples seres viventes desta orbe. Desta forma pode-se afirmar que exis- tem dois tipos de inconformados, de seres infelizes, que creem que a melhor idade já passou e, os que acreditam que a melhor idade está por vir. Assim, vivendo do passa- do e, ou do futuro, estão sem dúvida, divor- ciados do momento mais importante, que é o presente, o hoje. Neste diapasão questiono você, leitor: - é prudente entender que a melhor idade, é a de hoje? Alguns filósofos contemporâneos nos acenam para atentarmos à simplicidade da vida, como estar próximo de nossos entes queridos, de observar as pequenas coisas como um casulo de borboleta; o bater das asas de um beija flor; as estrelas no anoite- cer; a luz; o sol; o desabrochar de uma flor; o crescimento de um filho; as infinitas cores, degustação e odores, enfim estar em sintonia com o universo e ter gratidão ao GADU. Uma vez lido algumas autobibliografias e, ao mesmo tempo, perguntado para alguns empresários: - o que era mais importante em sua vida, e, se pudesse voltar ao tempo, o que faria? A resposta foi quase que unâni- me. – Há, se eu pudesse voltar ao tempo, eu ficaria mais perto do Meus; eu observaria os meus filhos crescendo; eu daria mais aten- ção aos meus pais, a minha esposa/marido, família; eu com certeza faria muitas coisas diferentes, pois ao invés de ir atrás do di- nheiro/matéria, de forma desenfreada e lou- ca, eu repensaria estes valores. Da mesma forma, para o povo maçônico eu questiono? Qual é a melhor idade de um maçom: - em ser aprendiz, companheiro ou mestre? Ou, então estar nos inúmeros graus filosóficos e atingir os 33 Graus? Para nós, o Grau 33 significa muitas conquistas, principalmente observando toda a trajetória de vida maçônica, de construção do edifício social, subindo com humildade, na busca de conhecimento, com dedicação, cada degrau da escada de Jacó. Lembre-se que tudo passa, portanto, aproveite a cada momento, se deleite nos estudos maçônicos a merecer o crescimen- to não só pelo tempo, mais pela dedicação, aprenda que o teu grau é o mais importante e que cada lição é única e que você é, a partir do grau em que se encontra, corresponsável pelos segredos transmitidos, e, que a você a maçonaria confiou. A ansiedade no mundo maçônico só atrapalha, aprenda a ser pa- ciente, tolerante e a não querer Ser, o que é muito difícil, pois no mundo de hoje con- clui-se que tudo é vaidade, somente vaidade. Portanto, quando lhe perguntarem so- bre a melhor idade, responda, agora, sem titubear, que é a idade em que você se en- contra. E, seja feliz: - “aqui e agora”. Mauricio de Santa Cruz Arruda Mestre Instalado - Ex-Grande Procurador e Ex-Ministro do ETJM. ARLS Duque de Caxias II, nº 124. GOP.