Ano XIV | Edição 34 | 6
Falando um pouco da Iniciação (Aspectos Esotéricos)
A
Iniciação no Graú de Aprendiz,
talvez seja o grande momento por
que passa o Candidato, tendo em
vista todo o mistério e as expectátivas ge-
radas em torno do cerimonial quando ele
está na mais completa ansiedade, aguar-
dando o que poderá lhe acontecer.
Começa com a Câmara de Reflexões,
com o Candidato se deparando com frases
e símbolos, até então, para ele desconheci-
dos, que o obrigam a uma reflexão intros-
pectiva, dado à solidão em que se encontra.
Ali naquele lugar escuro e sombrio, mil
coisas devem passar pela sua cabeça. Até
mesmo um pensamento lógico – continuar
ou retroceder.
A partir daí entrega-se aos cuidados
de um Guia, consciencioso, capaz de con-
duzi-lo durante toda a Iniciação, sempre
buscando dar-lhe a máxima tranquilidade,
amparando-o de forma cuidadosa.
Passa por diversas provas, é submetido
a intenso questionamento, é envolvido à
várias caminhadas ouvindo sons e ruídos
estanhos, sempre acompanhado de um Ir-
mão zeloso que busca tranquilizá-lo, com
serenidade, em todos os momentos para
que possa sentir-se em segurança. Se para
ele os mistérios são insondáveis, deixa-se
envolver por uma fé inquebrantável.
É possivel que em sua mente se desen-
volva um turbilhão de pensamentos, che-
gando a lhe causar estranheza a razão de
quantos procedimentos mesmo (e princi-
palmente) estando com os olhos vendados.
Mas a sua percepção vai se aguçando a cada
passagem da ritualística, juntamente com
o seu estado emocional, que certamente se
acha abalado.
No desenrolar do cerimonial ele pas-
sa pelas provas do ar, da terra, do fogo e
da água, sem saber o porque, de tudo que
esteja acontecendo. Toma a bebida doce e
depois a amarga. As expectativas são sempre
crescentes. Por esta razão é fundamental que
seu guia seja um irmão experimentado, cuja
cautela lhe dará segurança e serenidade.
A cada passagem uma nova bateria de
perguntas que, meio titubeante, vai res-
pondendo da maneira que lhe convier. Ex-
tensas colocação são feitas pelo Ven.’.M.’.
e pelos Vvig.’. que só mais tarde ele irá co-
nhecer, com mais afinidade, nas primeiras
reuniões após a Inicação.
Em mais uma viagem, acompanhado
pel o guia, é reconhecido pelo V.’.M.’. e
pelos Vvig.’..
Mas, o momento mais extraordiná-
rio é quando recebe a LUZ, ao cair-lhe a
venda dos olhos que o deixava às escuras.
Esta LUZ passa a simbolizar, para ele, um
mundo novo que, aos poucos, os ensina-
mentos o farão compreender. Simboliza
sair das trevas e caminhar por estradas
iluminadas; sair dos vícios e percorrer o
caminho das virtudes; deixar que a “pedra
informe”, por ele representada, seja traba-
lhada e seja livre das arestas da ignorância,
do fanatismo e da suaperstição.
Tudo isto, porém, ele só entenderá
quando lhe forem dadas as primeiras ins-
truções que o ajudarão –